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Esporte Mulheres revelam segredos dos maridos técnicos

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Bernardinho ao lado da mulher, Fernanda Venturini, e das filhas, Júlia e Vitória. (Foto: Alexander Palarea/Ag. News)

Bernardinho ou Zé Roberto? Para duas mulheres, não há a menor dúvida sobre a resposta à pergunta que sempre ronda o esporte nacional.

Afinal, Fernanda Venturini, 45, e Alcione Guimarães, 59, são mais do que companheiras dos técnicos das seleções masculina e feminina de vôlei do Brasil. Elas sabem os segredos deles.

“O Bernardo não gosta de jogar em casa, porque tem a responsabilidade, a torcida, os familiares. Não foca como se estivesse no Japão ou nos EUA, onde está lá só para o vôlei. Então ele não gosta. Se pudesse escolher ele não gostaria de estar jogando aqui. Por outro lado é maravilhoso jogar mais uma Olimpíada, em casa, apesar de todos os problemas que a gente vai enfrentar e já está enfrentando”, diz Fernanda.

Ex-levantadora, como o marido, Fernanda está casada com Bernardinho há 17 anos e com ele tem duas filhas: Júlia, 14, e Vitória, 6. O treinador também é pai de Bruninho, levantador da seleção, fruto de seu relacionamento com a também ex-jogadora Vera Mossa.

Outra revelação de Fernanda é sobre o futuro do técnico na seleção brasileira.

Segundo ela, Bernardinho deve deixar a equipe nacional após sua nona Olimpíada (duas como jogador e a sétima como técnico).

“Para ele esta Olimpíada é diferente. Ainda mais porque ele ainda não decidiu se para. Acho que ele vai decidir só após. Já falei para ele parar de pensar nisso agora. É uma coisa que está na cabeça dele. Mas ele sabe que uma vida pode estar acabando”, afirma Fernanda.

“Lá atrás a gente começou a comentar. Mas ele não tem convicção. Ele já não perde mais o sono. Desde que ele assumiu esse último quadriênio ele fala. A princípio só da seleção, também não quero que ele fique em casa. Não é do perfil dele. Com 56 anos, duas filhas. Já perdeu o crescimento de uma e a outra está com 6 anos. Ele está vendo que o tempo está passando e tem outras coisas na vida além do voleibol”, completa a ex-levantadora.

Fernanda conseguiu comprar ingressos para assistir às quartas de final, semifinal e final do vôlei masculino. Também tem ingressos para ela e as filhas irem ver o atletismo e a ginástica. Ela quer curtir a Olimpíada com as filhas, pois o papel como mulher do técnico da seleção acredita que já cumpriu.

“Ele sempre me pede opinião. De fora vejo com olhar diferente, mas a gente não conversa muito, só troca ideias sobre vôlei. Eu ajudo mais no extra-quadra, para que ele tenha a cabeça só lá, focada. Não levo problema nenhum, seja lá qual for. Fico com as meninas. Melhor ele não saber dos problemas, porque não vai resolver mesmo”, conclui.

PARCERIA

Bernardinho tem um ouro, três pratas e um bronze olímpico. Zé Roberto, três ouros. Mesmo assim, o único tricampeão do país nos Jogos não se vê como um herói nacional.

“O Zé nem se considera um dos grandes”, diz a mulher.

José Roberto Guimarães. (Foto: Banco de Dados)

José Roberto Guimarães. (Foto: Banco de Dados)

Casados há 36 anos, pais de Carol, 34, e Fernanda, 32, avós de Felipe, 6, e Gael, quatro meses, Zé e Alcione estão na sétima Olimpíada juntos.

Para ela, a mais difícil.

Primeiramente pela dificuldade para comprar ingressos — ao contrário dos atletas, que ganham tíquetes do COB, os treinadores precisaram comprar para seus familiares. Depois, em razão dos altos valores cobrados pelos aluguéis no Rio.

“Procuramos não passar esses problemas para ele. Não precisa de mais esse estresse”, diz Alcione, que vai levar a família aos jogos.

“Outro dia o Fê acordou e disse: ‘Tenho que ir dar sorte para o vovô’. E vamos”, diz.

Zé é muito apegado aos netos, mas segundo a mulher não deve se aposentar após os Jogos do Rio para ficar em casa. “Ele não aguentaria seis meses”, brinca.

Além de cuidar da família quando o marido está fora, Alcione já fez até trabalho de estatística ao lado do marido.

“Sempre ajudei, sou formada em educação física, fui professora e amo esporte. A sorte dele é que durmo tarde, então ficava ajudando nas estatísticas dos jogos que ele ficava revendo à noite”, diz.

Alcione diz que nunca quis saber antes os nomes de convocadas ou cortadas da seleção. Mas que foi uma “conselheira” para Zé Roberto passar a entender melhor o universo feminino.

Ao olhar para o alto do pódio, Alcione pode dizer que os conselhos deram certo.
(Marcel Merguizo/Folhapress)

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