Mundo Mulheres sofrem estupros em encontros marcados pela internet na Inglaterra
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2016
O número de denúncias de estupro contra pessoas conhecidas através de sites de contatos e aplicativos como Tinder e Grindr, se multiplicou por seis nos últimos cinco anos no Reino Unido, informou a NCA (Agência Nacional do Crime). No documento intitulado “Surgimento de uma nova ameaça nos encontros pela internet”, o órgão britânico informou que 184 pessoas denunciaram terem sido estupradas por indivíduos que conheceram através de sites ou aplicativos de relacionamento em 2014, frente aos 33 em 2009.
Maioria das vítimas são mulheres.
Das vítimas, 85% das que foram estupradas por “estranhos” conhecidos na internet são mulheres. Também foi identificado que 42% delas tinham entre 20 e 29 anos e 24%, entre 40 e 49, indicou a agência. O chefe de análise de crimes graves, Sean Sutton, explicou que surgiu “um novo perfil de estuprador”, que em geral não tem antecedentes criminais ou histórico penal, o que dificulta sua identificação inicial. “Não se pode prever quando um estuprador deste tipo vai aparecer. Serão encantadores, inclusive persuasivos”, advertiu.
Sutton expôs que as pessoas costumam ser reticentes ao denunciar estupros, e mais ainda se são consequência de contatos pela internet, o que faz a entidade avaliar que o verdadeiro número de casos pode ser “dez vezes superior” do que o indicado pelas estatísticas oficiais. O policial encorajou as vítimas a apresentar suas denúncias, e afirmou que elas serão tratadas “com seriedade e empatia”.
Campanha de conscientização.
A NCA já iniciou uma campanha para conscientizar a população para os riscos dos encontros pela internet e recomendar medidas de precaução. O organismo aconselhou aos 9 milhões de britânicos que utilizam páginas ou aplicativos de relacionamento, que falem com seu interlocutor sobre o que esperam antes de terem o primeiro contato, e que não se sintam pressionados a ficar no encontro se não se sentirem preparados ou com vontade.
Outra recomendação é de se encontrarem em lugares públicos e não se sentirem pressionados a ir para casa de nenhum dos dois, além de tentar conhecer bem a pessoa antes de se aprofundar na relação, “pois os perfis de internet podem ser muito diferentes do que a pessoa real”. Por último, a NCA aconselhou “cortar a relação pela raiz e sem remorsos, se uma parte descobre que não tem vontade de seguir adiante”. (AG)
Deixe seu comentário
Últimas
Rio Grande do Sul Aumenta o número de ações da Polícia Rodoviária Federal contra crimes nas estradas gaúchas
