Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2018
O Muhm (Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul) participa neste sábado (7) da Virada Sustentável. A programação acontece das 9h às 17h no Parque da Redenção, em Porto Alegre. No local, o público poderá participar de atividades educativas e lúdicas e conferir de perto exposição com alguns dos objetos que compõem o acervo do museu.
Entre as atrações no estande do Muhm, destaque para o “Acerte no Vírus”, um jogo de perguntas e respostas para adolescentes que busca ampliar os conhecimentos sobre HIV/AIDS. Outra a opção é o “Monte o Joaquim”, em que a criançada é convidada a montar o esqueleto e os órgãos do Joaquim, em uma experiência que busca aprimorar o conhecimento e despertar a curiosidade a respeito da anatomia do corpo humano.
Tendo como mantenedor o Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), o Muhm é um museu histórico dedicado à preservação de um acervo de documentos, instrumentos médicos e outros objetos relacionados à prática, estudo e ao desenvolvimento das artes médicas no Rio Grande do Sul. O acervo conta com cerca de 4 mil objetos, 6 mil livros e mais de 12 mil documentos, que englobam fotografias, diplomas, correspondências, certificados, entre outros registros. Na sede da instituição, localizada na Avenida Independência, 270, o público pode conferir exposições, como a atual “Desafios da Medicina: a luta pela vida” e a exposição “História, Memória e Medicina”.
Esqueleto humano agora pode ser visto por todos os ângulos
Sucesso entre os visitantes, especialmente entre as crianças, o esqueleto do acervo do Muhm, ganhou um novo expositor. Desde 2008, o esqueleto estava exposto horizontalmente, permitindo que os visitantes o contemplassem apenas parcialmente.
O esqueleto foi importado da França pelo médico Gabriel Schlatter, no inicio do século XX, para o estudo de anatomia. Em 2007, foi doado para o Museu por Olga Schlatter, esposa do de Dóris Schlatter, neto de Gabriel.
Pouco se sabe sobre sua história. Acredita-se que teria sido de um condenado francês que, morrendo na prisão, teve seu corpo destinado a estudos. A história gera mistério entre os visitantes.
No Brasil, o esqueleto foi batizado de “Joaquim” pelo Dr. Gabriel. As anotações nos ossos mostram como ele foi importante para gerações de estudantes de medicina (e para a própria família Schlatter) no ensino da anatomia.
Em 2017, “Joaquim” passou por um processo de restauro pelo Laboratório de Anatomia da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre), com objetivo de ser exibido em sua integralidade.
Em virtude do Projeto Muhm 10 Anos, beneficiado pelo Pró-cultura RS FAC, selecionado através do Edital Sedac n° 08/2016, foi possível construir um novo mobiliário para a exposição do esqueleto “Joaquim”. Agora, ele está em posição vertical, o que permite aos visitantes visualizá-lo por todos os ângulos, com as diferentes anotações que foram realizas ao longo tempo para identificar cada parte do esqueleto humano.
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