Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2015
O vice-presidente da República, Michel Temer, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), rejeitaram nesta terça-feira (08) a possibilidade de ampliação de tributos defendida pelo governo. A elevação foi encampada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em Paris (França), e pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, em Brasília, após reunião da coordenação política do governo, da qual Temer não participou.
Segundo Berzoini, a presidenta Dilma Rousseff voltou a defender durante a reunião que o governo não vai “abrir mão de buscar alternativas” para aumentar as receitas e cobrir o rombo no Orçamento. Temer, contudo, disse que a equalização orçamentária para evitar o déficit estimado em 30,5 bilhões de reais em 2016 passa, primeiramente, pelo corte de despesas. Para ele, aumentos de impostos só ocorrerão em última hipótese, inicialmente descartável, segundo ele. “As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas. É isso que a sociedade quer”, disse Temer. “Aumento de impostos só em última hipótese, última hipótese descartável desde já”, completou.
O peemedebista rebateu a fala de Dilma, feita pelas redes sociais, de que seriam necessários “remédios amargos” para combater a crise, e classificou o reajuste de tributos como um exemplo. “Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa”, declarou Temer.
Apesar das críticas ao aumento de impostos, o vice-presidente disse concordar que o aumento da alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina é uma medida que ajudaria a União e Estados, os quais passam por dificuldades financeiras. Temer disse ter ficado “impressionado” com a argumentação do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto sobre a ampliação do tributo, justamente por gerar receita para Estados e a União. (AE)