Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de julho de 2017
O jantar oferecido na segunda-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes ao primeiro escalão do PSDB teve dois objetivos: estabelecer um armísticio na sigla e preparar o terreno para que os quatro ministros tucanos deixem a administração do presidente Michel Temer.
O encontro ocorreu após o cancelamento de um encontro que o presidente teria domingo, em São Paulo, com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e os senadores Aécio Neves (MG), José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE).
Existem duas versões sobre o caso. Segundo interlocutores de Temer, ele avaliou que “não haveria mais clima” para a conversa devido às declarações dos senadores Tasso, presidente licenciado, e Cássio Cunha Lima (PB). O primeiro versou sobre o estado de “ingovernabilidade” do Brasil e o segundo teria dito em um encontro com investidores que “em 15 dias haverá um novo governo”.
Depois de liberar o voto dos tucanos na votação contra Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, o líder da bancada do PSDB, Ricardo Tripoli (SP), reuniu o grupo nessa terça-feira para deliberar sobre a posição no plenário da Casa.
Com 46 deputados federais, a tendência é de que os parlamentares sejam liberados novamente para votar como quiserem. Defensor do desembarque, Tripoli disse na segunda-feira no jantar no Bandeirantes, que dos sete deputados da legenda na CCJ, Temer contará com apenas dois votos a seu favor.