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Por Redação O Sul | 27 de junho de 2016
Se o paciente consegue levantar da cama, não está com gripe. É um resfriado. Simples assim. A grosso modo, é dessa maneira que especialistas separam as duas doenças.
Enquanto um resfriado, também causado por um vírus, em geral o rinovírus, tem sintomas mais brandos como coriza e o desconforto do nariz escorrendo, a influenza (vírus da gripe), literalmente, derruba a pessoa. “O quadro principal é a febre alta ininterrupta, dores nas articulações e dificuldade para respirar”, explica a infectologista Rosana Richtmann.
Por ser um quadro infeccioso mais grave, a preocupação dos especialistas é com uma possível evolução negativa da doença. Todos os tipos de vírus causadores da influenza podem levar a uma SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
O comprometimento das vias respiratórias leva o doente a internação hospitalar e, em algumas situações, inclusive, é preciso ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com o auxílio da respiração mecânica. “O subtipo H1N1 é o que mais pode levar à SRAG, porque é um vírus que circula tanto em humanos quanto em porcos e aves, por isso, ele possui mais organismos vivos para serem alterados”, afirma o pneumologista Francisco Mazon.
Segundo o especialista, são mais raros os casos em que os outros tipos da doença evoluíram para uma SRAG. A excepcionalidade, no entanto, não é aplicada às pessoas integrantes no grupo de risco.
“As crianças, idosos, gestantes e pessoas com outras comorbidades facilmente têm complicações no quadro. É por isso que esse grupo tem de ser imunizado todos os anos”, ressalta a infectologista Sumire Sakabe. (DSP)