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Armando Burd Não falta dinheiro

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(Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nos últimos anos, os balanços de grandes bancos trazem, invariavelmente, lucros de mais de 20 por cento. Alguns chegam a 30 por cento, mesmo quando a economia está abaixo de zero. Na maior parte, resulta do pagamento de juros pelo governo federal que precisa rolar suas dívidas. Herança do tempo em que governantes faziam empréstimos com frequência alucinante.
Às 22h e 30min de ontem, o placar eletrônico Jurômetro registrava 48 bilhões e 260 milhões de reais. Valor pago pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar a dívida que passou dos 4 trilhões de reais. Os banqueiros têm incontidos ataques de riso.

A MAIS
A Federação das Indústrias de São Paulo não se joga nas cordas e denuncia com base em estudos de seus economistas: de 1996 a 2016, a taxa básica de juros, a Selic, ficou em média 4,3 pontos percentuais acima do que deveria. O efeito disso foi o pagamento de 2 trilhões e 900 bilhões a mais pelo governo federal em juros.
Hoje, a dívida pública atinge 4 trilhões e 400 bilhões de reais, que correspondem a 70,5 por cento do PIB (Produto Interno Bruto). Se fosse usada outra base de cálculo, estaria em 1 trilhão e 800 bilhões, ficando em 28 por cento do PIB.
Espera-se que o Senado e a Câmara dos Deputados não durmam nas palhas e levem o assunto adiante.

PARA SAIR DO FUNDO DO POÇO
O governo federal enviará ao Congresso até esta sexta-feira, em caráter de urgência, projeto de lei complementar para viabilizar do Plano de Recuperação Fiscal dos Estados. Exigirá aperto sem precedentes no cinto.

HÁ PRESSA
É inadiável que a simplificação do sistema tributário se torne uma realidade, retirando o entulho fiscal de uma legislação arcaica e confusa, carregada de excessiva burocracia. Há vários projetos de lei em tramitação no Congresso, visando criar o Estatuto da Desburocratização. Só falta empurrar.

COMO SEMPRE
Fevereiro e março são os meses de discussões e turbulências em torno da tarifa dos ônibus em Porto Alegre. Ao longo do ano, o assunto fica anestesiado. Quando estoura uma greve, os usuários pagam preço alto demais.

INCERTO E NÃO SABIDO
Na próxima segunda-feira vai se completar um mês da posse de Donald Trump. Parece que já se passou um ano após tantos anúncios bombásticos. É totalmente imprevisível ou faz jogo de cena? Com toda a certeza é um provocador, fato que desnorteia ainda mais seus críticos.

TROCAS
Com Trump, homens de negócios, empresários e militares da linha dura entram no núcleo do poder. Políticos, acadêmicos e defensores de políticas globais saem um pouco do palco. O presidente quer que esqueçam, o mais rápido possível, o legado de Obama.

NEGÓCIO ERRADO
O Senado vai leiloar, dia 22 deste mês, objetos que não serão mais utilizados. A lista inclui um caminhão-guincho, de 2003, avaliado em 37 mil e 400 reais. Trata-se de equívoco. O veículo precisa estar próximo dos gabinetes para puxar projetos esquecidos em prateleiras como as reformas tributária, política e administrativa. Só com guincho.

RÁPIDAS

* Tradição na política brasileira: há quem chegue a altos cargos da República por seus defeitos.
* Interesse acima da média: a primeira reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência, ontem, teve plenário lotado.
* O D de Democrático começa a perder força na sigla do PDT. Com a saída de lideranças, está mais próximo de significar Desmonte.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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