Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O comentarista Villas-Bôas Corrêa publicou no Jornal do Brasil, já extinto, a análise “Brasília nasceu torta”. Com larga experiência e reconhecida competência, resumiu a transição dos parlamentares da fase de austeridade para a gastança do dinheiro público, que ele testemunhou:
“Moravam no Rio, viviam com o modesto subsídio, sem verba indenizatória, passagens para o fim de semana nas bases eleitorais, verbas de gabinetes individuais, assessores. Os partidos tinham gabinete, com uma secretária, que batucava na máquina os textos dos deputados.”
Adiante, reportou-se a 1961: “O que se está passando na Câmara, a propósito da mudança para Brasília, é inconcebível. Resolveram os congressistas conceder-se três subsídios e mais 120 mil cruzeiros para as despesas de transporte, muito embora as despesas com os transportes de parlamentares e funcionários legislativos já estejam a cargo do Estado. Não contentes com isso, promoverão numerosas sessões extraordinárias neste mês e no mês subsequente à mudança para o Palácio Central. Em abril, a Câmara funcionará sem ordem do dia, isto é, não funcionará. Por sua vez, os funcionários legislativos pleiteiam três vencimentos mensais, diárias, financiamento de carros e transporte gratuito de avião. Trata-se de um verdadeiro saque à Nação”.
Desde então, não tem sido diferente. Isolados em Brasília, advogam em causa própria e usam o argumento de que a Democracia tem custo. Com relação ao custo, deve se restringir à capacidade que a população tem para pagar tributos e a conta já estourou.
Os gastos exagerados no Senado e na Câmara dos Deputados são inadmissíveis em países desenvolvidos. Já nesta República dos Trópicos…
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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