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Armando Burd Não há problema maior que o desemprego

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A força de trabalho brasileira está crescendo pela desocupação, não pela ocupação. No quarto trimestre de 2016, sobravam 24 milhões e 300 mil pessoas, considerando-se os desempregados, os subempregados e os que desistiram de procurar serviço. Esse é o maior drama brasileiro, que exige esforço sem precedentes e um mutirão incessante.
Flexibilizar a legislação por um ano para facilitar as contratações seria uma saída. Pensando na receita que perderiam, os sindicatos resistem.
Uma família sem salário não só restringe o consumo, como tem corroída e destruída a auto-estima.

FESTIVAL DE VERSÕES

A oposição vem de dentro do governo federal e se chama José Yunes. Jurista com quase 80 anos e mais de 50 de profissão foi citado em delação premiada da Lava Jato por ex-executivo da Odebrecht. Com isso, pediu para se afastar do governo do seu grande amigo Michel Temer, mas nunca processou quem o denunciou. Comportamento muito estranho…
Yunes disse, inicialmente, que em um envelope estavam 4 milhões de reais destinados ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Logo depois, voltou atrás. Talvez tenham sido vários envelopes.
Ontem, procuradores do Ministério Público concluíram que a narrativa de Yunes sobre dinheiro da Odebrecht não convence. Ele terá de criar outra versão.

LENTIDÃO

Um dos projetos que tramita há mais tempo na Assembleia é do deputado João Fischer. Protocolado em 2011, cria o Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água Tratada no Estado do Rio Grande do Sul. Não tem jeito de votar.

O RIGOR QUE FALTA

Em quase dois meses, a Operação Balada Segura, do Detran e da Brigada Militar, flagrou 335 motoristas embriagados. Dá para imaginar a multiplicação entre os que não foram parados nas barreiras. A multa, quando o álcool está em níveis muitos elevados, é de 2 mil e 900 reais. Branda demais para irresponsáveis.
Nos Estados Unidos, motorista bêbado vai para cadeia e é obrigado a fazer tratamento psiquiátrico. Na Colômbia, a multa equivale a 34 mil reais. Na França, a carteira é cassada por dez anos. No Japão, quando o motorista alcoolizado provoca morte, é condenado à prisão perpétua.

SEM ESCAPAR

Na Suécia, o bafômetro é instalado nos postos de pedágio que testam instantaneamente se os motoristas consumiram álcool. Quando o resultado indica níveis acima do permitido, as cancelas não se abrem e o motorista é retido até a chegada da Polícia. A partir daí, muda de rumo e vai para a cadeia.
Exemplos não faltam. Basta ao Executivo e ao Parlamento no Brasil deixarem a preguiça de lado.

ABANDONARAM QUESTÃO

Superada a grave crise da Polícia Militar do Espírito Santo, caiu uma cortina de silêncio. É inegável, porém, que o problema persiste: o Estado não consegue exigir o cumprimento de disposição constitucional que proíbe esse tipo de movimento pelas forças de segurança. Culpa do marasmo do Congresso.

RÁPIDAS

* Em nota, o Planalto diz que Temer pediu auxílio formal e oficial à Odebrecht. Poucos não embarcaram na canoa.

* O governo quer pagar dívida com Minas e nomeará o senador Antonio Anastasia para o Ministério de Relações Exteriores.

* No final do ano, será concorridíssima a disputa do Troféu Saqueador do Erário Público.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/nao-ha-problema-maior-que-o-desemprego/ Não há problema maior que o desemprego 2017-02-26
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