Mundo Não separem nossos corpos: órfãs siamesas querem permanecer juntas

As gêmeas siamesas Consolata e Maria Mwakikuti têm 19 anos e estão no último ano do colegial em Iringa, na Tanzânia. Consolata e Maria já sabem o que querem fazer no futuro. “Nossa expectativa é entrar na universidade e sermos professoras. Vamos dar aulas usando um projetor e computadores”, dizem. As adolescentes não querem passar pela cirurgia de separação. E pretendem se casar com um único marido.

Os pais morreram depois de elas nascerem. Elas foram adotadas pela ONG católica Maria Consolata.

Caso parecido

Um caso semelhante ocorre com as gêmeas siamesas Lupita e Carmen Andrade, de 16 anos, nascidas em New Milford, no Estado americano de Connecticut. Elas tinham expectativa de vida de apenas três dias após o nascimento. A maioria dos gêmeos siameses morrem logo após o parto, mas as meninas desafiaram todas as previsões e continuam vivas.

Lupita e Carmem aprenderam a dividir tudo na vida, então quando começam as conversas sobre a cirurgia para separação das duas, elas perguntam para a mãe: “Por que você iria querer nos cortar ao meio?”.

Apesar de saudáveis, conforme as meninas foram envelhecendo, alguns problemas de saúde começaram a aparecer que podem prejudicar o futuro delas. Lupita tem escoliose, uma curvatura da coluna para o lado que está contraindo seus pulmões.

Uma cirurgia para reverter escoliose pode ser um procedimento relativamente simples, mas não é o caso em gêmeos siameses. Há grande risco de morte ou danos cerebrais para Lupita.

Quando as gêmeas eram pequenas, os médicos consideraram separá-as, mas chegaram a conclusão de que não poderia ser feito de forma segura porque elas dividem muitos órgãos vitais e a coluna lombar. Apesar desse problema, elas têm grandes chances de terem uma vida longa.