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Armando Burd Não tem escapatória

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(Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O verniz que ainda existe de aristocracia sofreu ontem um arranhão irreversível. A prisão de Eike Batista soma-se a de outros figurões e demonstra que não existe habeas corpus preventivo para alguns privilegiados, como se o País ainda vivesse na época da nobreza. O que antes era cadeia hierárquica para garantir tratamento diferenciado, agora é só cadeia.
O país está mudando. Só não vê quem não quer.

ACERTOU COM EXATIDÃO
O discurso da deputada estadual Silvana Covatti, ao assumir a presidência da Assembleia Legislativa a 3 de fevereiro do ano passado, previu: “Haverá divergências. Críticas duras. Serão travados todos os bons combates que caracterizam o regime democrático. Virão dias de ânimos acirrados.” Foi o que ocorreu.

BRAVURA
Primeira mulher a presidir a Assembleia em 181 anos, a deputada Silvana revelou capacidade de diálogo e conciliação, mas usou pulso forte nos momentos mais tensos em defesa do regimento interno e da integridade do Poder.

HÁ DEZ ANOS
O discurso de posse do deputado Frederico Antunes como presidente da Assembleia Legislativa, em fevereiro de 2007, teve largo espectro. Foi às raízes, citando Erico Verissimo. Puxou orelhas ao dizer que “a guaiaca da União está cheia e a dos entes federados cria mofo”. Prometeu “pealar dificuldades”. Arrematou com versos de José Retamozo: ‘Andaremos além das nossas horas/ emponchados na luz desses exemplos/ sob o batismo secular das auras/ que conduziram as legiões de tauras’.

MAIS E MENOS
Com o retorno de Silvana Covatti ao plenário, o governo ganhará um voto. Para a oposição, Edegar Pretto na presidência do Legislativo significará redução. Só usará o painel eletrônico em caso de empate.

OPOSTOS
O cenário na Assembleia tende a se tornar mais acirrado este ano. Não será surpresa se surgir uma proposta para votar a extinção da lei da gravidade.

RECUO
No começo da década de 1950, discutiam sobre o aumento do custo de vida na sessão plenária da Assembleia. De tanto ouvir que o problema era a lei da oferta e da procura, um deputado pediu para revogá-la. Um colega que estava ao lado ironizou, falando baixinho: “Mas a lei que citaste é criação do presidente Getúlio. Como fazes uma heresia de dessas?”. O autor levou a sério e correu ao microfone de apartes: “Desculpem, mas retiro a proposição.”

OUTROS TEMPOS
A 31 de janeiro de 2007, PT e PMDB lideraram a formação de inédito mega-bloco para eleger Arlindo Chinaglia presidente da Câmara. Dos 513 deputados federais, 273 assumiram o compromisso. Passados 10 anos, estão a milhas de distância.

CARREIRA RÁPIDA
Às 14 de amanhã, o vereador Mateus Aires tomará posse como vereador titular. Substituirá Rodrigo Rosário que passou a integrar o secretariado municipal. Aires é professor de Sociologia do Colégio Anchieta. Filiou-se ao PP a 31 de janeiro do ano passado.

RÁPIDAS
* Na eleição de Silvana Covatti, Pedro Ruas foi o único voto contrário. Hoje, Marcel van Hattem repete o gesto com Edegar Pretto e poderá ter seguidores.
* Pedro Simon completa hoje 87 anos.
* Deputados estaduais esperam se livrar de indisposições estomacais, consequência dos sapos que engolem por erros em receitas do governo.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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