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Brasil “Não tenho a menor pretensão de ser nada no governo”, disse general que desistiu de ser ministro

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Oswaldo Ferreira não descarta, no entanto, ser um colaborador do presidente eleito a partir de 1º de janeiro. (Foto: Érika Nunes/TJPA)

O general da reserva do Exército Oswaldo Ferreira, um dos principais colaboradores de Jair Bolsonaro durante a campanha e a transição de governo, disse neste sábado (17) que não tem a “menor pretensão” de ocupar um cargo na Esplanada dos Ministérios, que a decisão de não ocupar um ministério não tem volta e que não existe crise no grupo de transição. Ferreira era dado como certo para ser o titular de um novo ministério a ser criado, o de Infraestrutura.

Ele é o responsável pelo desenho da área – que inclui a manutenção do Ministério de Minas e Energia – e coordena o grupo que cuida de infraestrutura na transição. Nesta semana, sacramentou-se a decisão de que o general estará fora do governo. Ferreira afirmou à reportagem que seguirá à frente de sua equipe na transição e que dará expediente no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) em Brasília “até quando for necessário”.

“Eu não tenho problema com ninguém. Não existe: ‘Ah, o general Ferreira queria…’ Eu não queria nada. Estou fazendo o que sempre fiz. Não tenho a menor pretensão de ser nada no governo. Vou continuar fiel às minhas colocações”, afirmou o general.

A transição de governo é encabeçada por três grupos que gravitam em torno de Bolsonaro, e a composição do governo vem provocando uma disputa por poder entre esses grupos. Ministro extraordinário da transição, e anunciado como ministro da Casa Civil, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) lidera o grupo político.

O grupo econômico é capitaneado pelo anunciado superministro da Economia, Paulo Guedes. Já os generais da reserva do Exército Augusto Heleno, futuro ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); Hamilton Mourão, vice-presidente eleito; e Ferreira estão à frente dos militares. Segundo Ferreira, não existe “rivalidade” entre esses grupos.

“Não faço parte de nenhum grupo de rivalidade. Não existe rivalidade de ninguém. O presidente eleito precisa da equipe dele, que está trabalhando. Não procure crise porque ela não existe. As pessoas gostariam que eu ficasse, mas eu tenho minha posição já expressa há muito tempo. Eu quero viver minha vida, eu tenho outras coisas para fazer na vida”, disse Ferreira.

O general não descarta ser colaborador do governo Bolsonaro a partir de 1º de janeiro de 2019: “Posso atuar como colaborador, não há dúvida. Estarei sempre disponível. O meu compromisso é comigo mesmo e com minha família”.

O desenho pensado por Ferreira para a área de infraestrutura inclui basicamente duas pastas: o Ministério da Infraestrutura, que reuniria Transportes, Aviação Civil, Portos e as principais áreas de Cidades, em especial saneamento básico e habitação, e o Ministério de Minas e Energia, que seria mantido, nas mãos de um civil. Uma ideia cogitada foi a existência de uma pasta dentro do Palácio do Planalto, com influência direta nos dois ministérios.

Ferreira poderia ir para o Ministério da Infraestrutura ou para essa unidade dentro do Planalto. Nem uma coisa nem outra ocorrerá, conforme o decidido até agora. “O desenho de ministérios foi aceito. O Ministério de Minas e Energia está separado do Ministério dos Transportes. Isso está sendo trabalhado, para fazermos a proposta da configuração definitiva. As pessoas pedem que as soluções estejam prontas. Mas precisamos conversar nos ministérios, ir aos ministérios, as equipes vão cumprir essa tarefa”, afirmou o general.

Ainda conforme o militar, em nenhum momento Bolsonaro o anunciou como ministro. Portanto, não se pode falar em recuo, segundo ele: “Bolsonaro não me anunciou ministro. Não tem isso. Durante todo esse tempo, ele jamais anunciou. Ele fez uma brincadeira no ar, mas nunca manifestei isso. Eu nunca mudei de posição. É uma convicção que tenho. Não irei assumir um ministério. Isso é uma coisa que está decidida. Bolsonaro sabe disso, sempre soube. O que acontece é uma montagem de governo que está sendo feita normalmente. Existem parâmetros para definir um ministro, uma equipe, isso é natural”.

A definição sobre o futuro ministro da Infraestrutura e sobre a própria configuração da área é uma incógnita. Segundo Ferreira, este assunto ainda não foi tratado com o presidente eleito, que é “quem manda”.

“Não tem ninguém indicado no momento, mas terá”, afirmou o general. Ele disse que seguirá despachando normalmente no CCBB em Brasília, sede da transição de governo:
“Segunda-feira estou lá, terça-feira estou lá, e por aí vai. Tenho a minha vida para viver, independente de estar no governo. Não faz parte da minha vida. O anseio que tenho é dar continuidade para a vida que sempre tive”.

 

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