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Armando Burd Não vai sobrar pedra sobre pedra

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O ex-ministro Antonio Palocci. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A delação do fim do mundo era aguardada há meses. Entre temores dos possíveis envolvidos e expectativa da opinião pública, as revelações foram liberadas na semana passada, após longa negociação com empresários. Parecia um capítulo encerrado.

Ontem, surgiu o que passará a se chamar delação além do fim do mundo. Indo no sentido contrário de José Dirceu, que mantém o silêncio, Antonio Palocci demonstrou que não suportará mais a prisão e surpreendeu, dizendo que tem declarações a fazer “capazes de prolongar por um ano a Lava-Jato”.

Só falta marcar a data do depoimento. Palocci não segue os ensinamentos de Leon Trotsky, seu guru, que preconizava sacrifícios a qualquer custo. O ex-ministro de governos do PT está disposto a contar o que sabe sobre o maior escândalo de todos os tempos no País.

Será preciso sair do buraco

A informação divulgada ontem é desanimadora: em março, as demissões superaram as contratações em 63 mil e 624 vagas. Os números têm como base o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

O País patina na recessão há três anos e os níveis alarmantes da falta de vagas mostram a face mais cruel. A retomada do crescimento é o desafio número 1. Para mudar, há necessidade de algumas condições: o retorno dos investimentos; a melhoria do ambiente institucional; a reconstrução da confiança nos fundamentos da economia e a queda das taxas de juros.

Passo a passo

Em relação aos investimentos e aos juros, depende do reequilíbrio fiscal do setor público. Com déficits constantes, os governos têm de buscar financiamentos no mercado. Qualquer cidadão sabe que isso é insustentável. Gastando mais do que recebe, a dívida cresce como bola de neve e os juros ficam cada vez maiores. Ao mesmo tempo, o nível de investimento é quase zero.

É hora de deixar de lado o discurso fácil e demagógico. Como está não dá para continuar.

Um dia depois do outro

Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso encaminhou ao Congresso a reforma da Previdência Social, o relator foi o deputado federal Michel Temer. O tucano acusou o peemedebista de ter cedido além de todos os limites, desfigurando a proposta original.

Agora, o governo recua em vários pontos da mesma reforma. Se quiser que algo seja aprovado, precisará reconsiderar mais ainda. Já reduziu a idade mínima para mulheres e o tempo de contribuição aos que pretendem ter aposentadoria integral, além de ampliar o prazo para regra de transição. Vem mais pela frente.

Os parlamentares enxergam as dificuldades e devem explorá-las. Tanto para impor outras mudanças como obter ganhos para eles próprios, na forma de cargos, emendas ao orçamento e muito mais.

Contra mudanças

A Inconfidência Mineira ameaçou não só a coroa portuguesa, mas os favorecidos por ela na colônia. Uma república, em 1879, provocaria mudança radical nas estruturas de mando. Por isso, a vingança contra os líderes do movimento foi tão violenta.

RÁPIDAS

– Entre os partidos, é sem precedentes o grau de incertezas para as eleições de 2018.

– Na maioria das regiões do País, só o crime é organizado.

– Os que invadem o Congresso, quebrando vidraças e ameaçando, podem ser identificados como republicidas.

– No final do ano será entregue a um deputado estadual o Troféu Catedrático do Silêncio.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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