Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2016
A Nasa (Agência Espacial Americana) lançou ontem uma nave para investigar um asteroide que vem sendo chamado de “asteroide do fim do mundo”. O apelido assusta, mas as chances de ele atingir a Terra são muito pequenas.
A pesquisa espacial deve coletar e trazer de volta amostras do asteroide Bennu, na esperança de aprender mais sobre as origens da vida na Terra e talvez em outros lugares do Sistema Solar.
O foguete Atlas 5, da United Launch Alliance, foi lançado na Estação da Força Aérea dos Estados Unidos em Cabo Canaveral, na Flórida, para enviar o robô explorador Osiris-Rex em uma missão de sete anos.
Risco de colisão?
O Osiris-Rex se dirigirá para o Bennu que circula o Sol quase na mesma órbita que a Terra. Cientistas estimam que haja uma chance em 800 de que ele possa atingir a Terra daqui a 166 anos. Bennu é uma bola de carvão com 500 metros de diâmetro que a cada seis anos se aproxima da Terra.
O calor do Sol empurra o asteroide, e mapear seu caminho é uma das metas da missão, avaliada em 1 bilhão de dólares. A Nasa também espera que o Osiris-Rex demonstre o avanço das técnicas de imagem e mapeamento necessárias para futuras missões científicas e próximas expedições comerciais de mineração em asteroides.
Chegada em 2018.
O Osiris-Rex deve chegar a Bennu, em agosto de 2018, e começar um estudo de dois anos sobre suas características físicas e composição química. A nave movida a força solar irá então para a superfície de Bennu e estenderá um braço robótico para coletar pelo menos 60 gramas do que os cientistas esperam que seja um material rico em carbono.
“Vamos ao asteroide Bennu porque é uma cápsula do tempo para os estágios iniciais da formação do Sistema Solar, quando nosso sistema planetário estava disseminado como um turbilhão de poeira ao redor da nossa protoestrela”, disse o pesquisador-chefe Dante Lauretta, da Universidade do Arizona (EUA).
A missão deve chegar de volta à Terra com a amostra em 2023. (AG)