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Mundo Nascimentos nos Estados Unidos registram menor número em 32 anos

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(Foto: Reprodução)

O número de nascimentos nos Estados Unidos continuou caindo em 2018, situando-se em seu nível mais baixo desde 1986, segundo estatísticas publicadas nesta quarta-feira pelos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades). Com 3.788.235 em 2018, o número de recém-nascidos caiu 2% em relação a 2017.

A taxa de natalidade ficou a 1,73 filho por mulher, outro mínimo histórico. A fertilidade diminuiu nas mulheres com menos de 35 anos, mas aumentou entre as de 35 a 44 anos.

Sem moradia assistida para idosos

Com o envelhecimento da população norte-americana, a classe média pode sair perdendo. Em 2050, mais de um quinto da população dos Estados Unidos terá 65 anos ou mais, em comparação com os 15,2% de hoje. Esse aumento de idosos vai demandar muita coisa – inclusive mais moradias assistidas, já que sete por cento dos velhos americanos de hoje demandam atenção permanente de terceiros, ainda que sob a forma de preparo de refeições, transporte e ajuda com os cuidados pessoais. A informação é do colunista Paulo Markun, do jornal Folha de S. Paulo.

Nesse mercado gigantesco – que ainda engatinha no Brasil – atuam grandes companhias, como a Welltower, Inc., que possui hoje mais de 660 propriedades e captou 22 bilhões de dólares no ano passado ou a National Healthcare Corporation, principal empresa de serviços de enfermagem, que também arrebanhou 1,06 bilhões de dólares em 2018. São empresas que miram o segmento de mais alta renda. Para os que tem menos recursos, existem programas estaduais e locais de moradia. Mas há todo um segmento intermediário de renda, uma espécie de classe média idosa, que parece não ter para onde correr.

Em artigo publicado na revista eletrônica Health Affairs, Caroline F. Pearson, vice-presidente senior de atenção da saúde na NORC, uma organização de pesquisa independente ligada à Universidade de Chicago e mais cinco pesquisadores, explicam que esse pessoal é geralmente muito rico para se qualificar para os programas públicos, mas não é endinheirado o suficiente para arcar com longas estadas nessas comunidades pagas para idosos.

Os autores do artigo pesquisaram a população dos EUA com 75 anos ou mais em 2029 (os chamados “idosos de amanhã”) e estimaram suas características demográficas, saúde, status cognitivo e funcional e recursos financeiros. Os idosos de 2014 foram divididos em três grupos, de acordo com seus recursos financeiros – os que tem dinheiro para dispensar o sistema de saúde público, os que só operam nessa faixa e o grupo intermediário, cujos recursos ficam acima do teto para o sistema público, mas abaixo do que necessário para bancar a moradia nessas casas coletivas privadas. Em 2029, a faixa de renda média deve ser aquela entre 25 mil e 75 mil dólares.

Segundo os pesquisadores, entre 2014 e 2029, com o envelhecimento da geração baby boomer, haverá uma queda no percentual de idosos de baixa renda e um rápido aumento dos idosos de alta renda.

Os idosos com renda média praticamente irão dobrar – de 7,9 milhões para 14.4 milhões. Na faixa dos 75 aos 84 anos, os idosos passaram de 5,57 milhões em 2014 para 10,81 milhões em 2029. Isso deve aumentar a demanda – e exigir outros arranjos e soluções.

Atualmente, segundo os pesquisadores, apenas 14% dos idosos de renda média residem fora de casa, em um ambiente comunitário ou enfermarias. Entre os que ficam em casa, um em cada quatro (1,68 milhões) requerem assistência, muitas vezes assegurada por um membro da família.

As projeções indicam que 60% dos idoso de renda média terão limitações de mobilidade que podem impedi-los de ter uma vida independente. Acima dos 85 anos, esse percentual deve chegar a 73%. Seis por cento dos idosos de renda média entre 75 e 84 anos e 15% dos maiores de 85 anos são projetados para terem deficiências cognitivas. E apesar de demandarem cuidados e apoios adicionais, 46% dos idosos de rendimento médio de amanhã não terão como pagar pela moradia assistida, nem mesmo avançando sobre seu patrimônio. Acima dos 85 anos, 1,4 milhões de americanos, ou 39% terão recursos financeiros anuais abaixo desse mínimo necessário, mesmo que queimem seu patrimônio imobiliário.

Os autores apontam para a necessidade de encontrar soluções alternativas. No setor privado, mencionam a redução nas expectativas do retorno do investimento sobre as moradias, ampliação do uso de tecnologia, para diminuir a demanda de mão de obra, envolvimento de cuidadores familiares e voluntários, preços a la carte e incentivos fiscais para quem atender a essa classe média. No campo público, novas políticas de habitação e saúde, mudança nos limites de elegibilidade para os planos de saúde, além de subsídios e planos de vale para essas residências de idosos.

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