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Celebridades Negra, atriz, ativista, feminista e divorciada, Meghan Markle, que se casará neste sábado com o príncipe Harry, já transformou a dinastia britânica com sua chegada

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Meghan e sua mãe. (Foto: Reprodução)

Uma noiva divorciada, negra, feminista e atriz: antes mesmo de estrelar o papel de sua vida, Meghan Markle já alterou a história dos Windsor. Como costuma fazer com todos os grandes acontecimentos que envolvem a família real, o Palácio de Buckingham mantém controle total das informações sobre o casamento da atriz com o príncipe Harry, neste sábado. Na foto, Meghan e sua mãe, Doria Ragland, chegando ao hotel onde Doria ia passar a noite.

Os detalhes vão sendo divulgados aos poucos, como o sabor do bolo, a lista de convidados, os tipos de flores, a imagem da carruagem e até o nome dos cavalos. Enquanto o público segue essas notícias como se fossem spoilers de um seriado, o palácio dirige as cenas do mais importante clã britânico para que nada saia do script.

Nos últimos meses, Meghan ignorou etiquetas, abraçando pessoas comuns, algo que a aristocracia não costuma fazer, e vestindo calça comprida em eventos oficiais — coisa que não deveria causar espanto algum, mas continua sendo incomum no universo paralelo da realeza. Mas o que mais chamou atenção foram suas declarações a favor dos movimentos #MeToo e Time’s Up, durante um encontro para promover a Royal Foundation, fundação filantrópica criada pelos príncipes William e Harry.

A família real não se pronuncia sobre questões políticas ou controversas, e Meghan se mostrou mais vocal do que pedem os códigos de Buckingham. Ainda não é possível dizer se ela continuará manifestando suas opiniões, mas mesmo tendo que abrir mão da carreira de atriz, é pouco provável que seja uma coadjuvante.

“Depois do casamento, ela se tornará a quarta patrona da fundação, ao lado do duque e da duquesa de Cambridge e do príncipe Harry”, confirmou James Holt, porta-voz da instituição. “Não podemos dar detalhes ainda, mas ela (Meghan) já falou sobre seu desejo de apoiar projetos para mulheres e meninas.”

Nada na biografia da futura mulher de Harry se encaixa nos padrões conservadores da monarquia. Ela é filha de mãe negra e pai branco, estrangeira, divorciada, formada, trabalhou a vida inteira, engajou-se em causas feministas e foi embaixadora da ONU. Já deu entrevistas nas quais falou abertamente sobre a dificuldade e a pressão para definir sua identidade racial. No Instagram ela tinha 1,9 milhão de seguidores, portanto, sabe-se, inclusive, que “nunca sai de casa sem tomar suco verde e comer pudim de chia”. O que ela pensa está longe de ser um segredo. Desde o noivado, seus discursos passaram a ser controlados, mas Meghan se equilibrou entre o protocolo e a espontaneidade, conquistando a simpatia do público e reforçando o culto em torno da nobreza.

Para o escritor e jornalista Stephen Bates, que cobriu a monarquia pelo jornal “Guardian”, se pensarmos na narrativa real como uma novela, Meghan representa aquele personagem novo que ajuda a manter o interesse pela história.

“Ela terá que aprender que sua vida será muito mais restrita e menos independente a partir de agora. Veremos como ela reage ao que ainda pode ser ‘um tribunal palaciano’, mas se ela se rebelar, isso também será uma novidade na saga real”, comparou Bates, autor do livro “Royalty Inc: Britain’s Best-known Brand” (Realeza S.A.: a marca mais conhecida da Grã-Bretanha).

No bairro londrino de Brixton, marcado pela forte presença de imigrantes e negros, Harry e Meghan foram recebidos com carinho durante uma visita, mas é cedo para apostar numa atuação da americana em defesa de minorias.

Outros setores menos complexos, no entanto, já atestam o poder de Meghan. Seu impacto na moda impressiona até quem está acostumado a acompanhar celebridades. Tudo o que ela usa vira best-seller instantâneo. O blog “Meghan’s Mirror” é uma prova de que seu estilo tem influência além das fronteiras britânicas. A publicação foi criada em 2016, no Canadá, quando Meghan já fazia sucesso com a série “Suits”. Hoje mobiliza uma equipe de 15 pessoas dedicadas a dissecar seu guarda-roupa.

Amanda avalia que a fórmula da moça, aceita sem restrições pela rainha Elizabeth, é a combinação do jeito de “americana comum de classe média” com o papel de ativista e protagonista de uma história de amor com um príncipe — filho, irmão e tio de futuros reis.

O apelo popular é inegável, e se reflete no formato da cerimônia de casamento que o casal escolheu, com a participação inédita de 1.200 cidadãos comuns, entre líderes comunitários de Windsor, onde a festa vai acontecer, e membros de ONGs. Isso não quer dizer, porém, que não haverá regras rígidas. Só o código de conduta enviado aos participantes tem cerca de sete páginas, proibindo, por exemplo, o uso de celulares e também de espadas.

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