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Michel Abgrall, chefe do serviço nacional de referência do tempo, na França: cientistas discutem se o ajuste de um segundo para manter o tempo mias perto do tempo "astronômico" é necessário. Crédito: Reprodução

O último minuto do mês de junho deste ano durará 61 segundos. Um fenômeno que se explica especialmente pelo fato de a rotação irregular da Terra ser muito mais indisciplinada do que os relógios atômicos.
Mas o processo que consiste em acrescentar um segundo suplementar para conectar as duas escalas de tempo, a da natureza e a da tecnologia, é alvo de críticas, e suas horas podem estar contadas.

Em todos os países, na madrugada de 30 de junho para 1 de julho, em UTC (Tempo Universal Coordenado), antes chamado de GMT, o minuto entre 23h59 e 00h00 durará um segundo a mais que o normal.
As pessoas não notarão a diferença, contudo. “Mas caso sejam muito minuciosos, podem sempre definir seu relógio para o segundo exato chamando o relógio de voz”, disse Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação da Terra, encarregado de decidir sobre o nível internacional da adição destes segundos bissextos.

No entanto, “os grandes sistemas de navegação por satélite, os principais sistemas de sincronização de redes de computadores, devem levar em conta esta alteração, correndo o risco de ‘erros’”, explicou Gambis, cujo serviço é baseado no Observatório de Paris (França).
Com esse segundo adicional, tenta-se conciliar duas escalas de tempo, a medição do UT (Tempo Universal), com base na rotação da Terra e sua posição em relação às estrelas, e a do TAI (Tempo Atômico Internacional), definido a partir de 1971 por um sistema de relógios atômicos.

Quando foi estabelecida mundialmente, a convenção do UTC (Tempo Universal Coordenado) em 1972, também acordou que a defasagem entre ambas escalas não poderia ultrapassar um nível de 0,9 segundo. Caso contrário, um segundo suplementar deve ser adicionado.
Desde 1972, 26 segundos foram adicionados (contando com esse de 30 de junho). O último segundo intercalado ocorreu em julho de 2012, e a penúltima vez em 2008.
“Em janeiro, nós alertamos o mundo todo que seria preciso acrescentar um segundo na noite de 30 junho para 1 julho”, contou Gambis. “A Terra gira de maneira lunática, enquanto os relógios atômicos são dramáticos.”
A longo prazo, o planeta azul tem uma tendência a se desacelerar pela atração gravitacional entre a Lua e o Sol, responsável pelas marés. Também depende de movimentos atmosféricos, variações das geleiras e forças, como os terremotos.

Em vez disso, os relógios atômicos atuais, que baseiam suas operações nas propriedades de átomos para medir o tempo, são tão precisos que nem em 300 milhões de anos poderiam chegar a atrasar um segundo.
Atualmente, cerca de 400 relógios atômicos em todo o mundo permitem que o BIPM (Bureau Internacional de Pesos e Medidas), nos arredores de Paris (França), calcule o UTC.

No entanto, muitos criticam esse segundo adicional, já que afirmam que é desnecessariamente complicado e que a hora deveria ser definida com base em relógios atômicos, em vez de outros medidores.
Em novembro deste ano, a UIT (União Internacional das Telecomunicações) realizará uma reunião em Genebra (Suíça) para discutir a questão sob um ponto de vista científico.
Se, em seguida, uma mudança for adotada, o tempo UTC ficaria fora da sintonia com a rotação da Terra. (AG)

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