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Brasil “Ninguém pode dizer que o Lula é agressivo”, disse o próprio Lula

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Alvo de protestos, Lula voltou a defender a sua inocência e se disse vítima do juiz Sérgio Moro, do TRF-4, do Ministério Público e da Polícia Federal. (Foto: Agência Brasil)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou a sua caravana pelo Sul do Brasil com uma resposta aos ataques que sofreu nos últimos dias. “Ninguém pode dizer que o Lula é agressivo”, afirmou. “Vocês nunca viram um ato de violência nossa contra qualquer candidato”, prosseguiu, na noite de quarta-feira (28), em Curitiba (PR).

Desde que teve início no Rio Grande do Sul, no dia 19 de março, a caravana foi atingida diversas vezes com ovos e pedras. Na terça-feira (27), os ataques culminaram em disparos de arma de fogo contra dois ônibus. “Eu penei para chegar até aqui. Se vocês soubessem o que eu fiz ontem para chegar até aqui”, disse o ex-presidente.

O encerramento da caravana reuniu milhares de manifestantes no Centro da capital paranaense, na praça Santos Andrade, e teve alguns focos de animosidade. Ao longo do dia, uma carreata anti-Lula percorreu a cidade com gritos contra o ex-presidente.

Ao relatar uma tentativa de impedi-lo de discursar na Unipampa, em Bagé (RS), Lula afirmou que não iria acusar o juiz Sérgio Moro, o MBL (Movimento Brasil Livre), os usineiros ou os arrozeiros. Ele criticou algumas pessoas por supostamente tentar minimizar os ataques, como a imprensa brasileira e o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). Sobre os disparos, o tucano disse que o PT colhe o que planta. “A imprensa internacional começou a criticar e todo mundo começou a ficar frouxinho”, afirmou Lula.

Ele voltou a defender a sua inocência e se disse vítima do juiz Moro, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), do Ministério Público e da Polícia Federal. O petista também sugeriu que o impeachment de Dilma Rousseff está relacionado a interesses externos de países como os Estados Unidos, que teriam se sentido ameaçados depois que o Brasil descobriu o pré-sal.

Em seu discurso, Lula não acenou para a ideia da necessidade de uma união democrática de esquerda, defendida no palanque pelos presidenciáveis Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL). O ex-presidente também afirmou que o PSDB e o MDB não têm candidato. “Quem está na disputa é a extrema direita, representada por esse cidadão que me recuso a citar o nome [Jair Bolsonaro (PSL)].”

O petista disse que o partido processará a Netflix pela série “O Mecanismo”, que vem sendo criticada pela esquerda por não seguir à risca os acontecimentos envolvendo a Lava-Jato. “Colocaram na minha boca coisa da boca de outro”, afirmou, em referência à cena em que seu personagem diz que é preciso “estancar a sangria”. A famosa expressão, na verdade, foi dita pelo senador Romero Jucá (MDB).

No palanque, o potencial candidato à Presidência Fernando Haddad (PT), assim como Boulos e Manuela, reforçou a necessidade de unidade. “Não é à toa que temos aqui três, quatro candidatos à Presidência.” Boulos disse que estão plantando a perigosa semente do fascismo no País e por isso responsabilizou Bolsonaro. “Bandido, criminoso e sem-vergonha.”

Ele lembrou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio de Janeiro e puxou gritos de “Marielle, presente!”. Boulous afirmou que já passou da hora de formar uma frente democrática de esquerda. Em seu discurso, Manuela disse que defender a candidatura de Lula não é tarefa apenas dos petistas.

Estiveram presentes ainda os senadores Roberto Requião (PMDB), Lindberg Farias (PT) e Gleisi Hoffmann (PT) e a ex-presidente Dilma. A ex-mandatária também falou em fascismo ao lamentar os disparos. “Ao longo desta caravana, enfrentamos uma das mais graves manifestações de fascismo”, afirmou.

Em geral, o protesto de quarta-feira ocorreu sem maiores problemas, mas houve tensão em alguns momentos. Um grupo de manifestantes anti-Lula chegou a invadir o ato petista, jogou ovos e xingou apoiadores do ex-presidente. A Polícia Militar foi até o local da confusão e estabeleceu um cordão de isolamento, mas ovos continuaram a ser arremessados. Em seguida, os ativistas pediram a desmilitarização da PM e revidaram os ataques com xingamentos e gritos de ordem.

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https://www.osul.com.br/ninguem-pode-dizer-que-o-lula-e-agressivo-disse-o-ex-presidente-petista-no-fim-de-caravana-pelo-sul-do-pais/ “Ninguém pode dizer que o Lula é agressivo”, disse o próprio Lula 2018-03-29
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