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Brasil No Brasil, a Previdência já custa três vezes mais do que a educação, a saúde e a segurança juntas, diz o ministro da Economia

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Dólar volta a R$ 3,90 com tensão entre o ministro da Economia e o Congresso sobre mudanças na reforma da Previdência. (Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi nesta quarta-feira (8) à Câmara dos Deputados participar de uma audiência pública na comissão especial que trata da proposta de reforma da Previdência. Ele disse que a Previdência já custa três vezes mais do que a educação, a saúde e a segurança juntas.

O governo chegou apresentando números para justificar a necessidade da reforma da Previdência – uma cobrança de deputados da oposição e também da base aliada do governo. Primeiro, foi o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Há 40 anos, nós tínhamos 14 contribuintes por idoso, hoje, nós temos sete contribuintes por idoso e quando os filhos e os netos dos presentes aqui pensarem em se aposentar, de acordo com a demografia, serão 2,3 jovens para cada idoso. Então, o sistema já está condenado à quebra. Nós gastamos aproximadamente R$ 750 bilhões só este ano, isso é sete vezes mais do que gastamos com educação, que são os jovens, o futuro; isso é quatro vezes mais que gastamos com saúde; e isso é três vezes mais do que educação, saúde e segurança pública somados. O movimento em direção à nova Previdência é para garantir o pagamento de aposentadorias, benefícios e da assistência social. Se não fizermos nada, não há garantia de que esses pagamentos poderão ser feitos como vários Estados já estão experimentando. A velha Previdência é uma fábrica de privilégios. É uma máquina de transferências perversas de renda. Ela taxa os mais pobres e transfere renda para os mais favorecidos. O nosso movimento em direção à nova Previdência é exatamente para mudar isso”, disse o ministro.

O secretário de Previdência, Rogério Marinho, lembrou que, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, todos os presidentes, em algum momento, falaram da necessidade da reforma da Previdência. Depois detalhou os números da proposta do governo para os deputados.

Nas telas, Marinho explicou que a expectativa de vida do brasileiro que atinge 65 anos é praticamente igual em todas as regiões.

“Na década de 80, após os 65 anos se vivia em média 11 anos. Hoje, estamos em 17 anos. Isso vai crescer ao longo das próximas décadas. Essa expectativa de vida é praticamente linear em todas regiões brasileiras. A variação da Região Norte para a Região Sul é de 2.2 anos apenas. Em termos estatísticos isso é praticamente desprezível. As pessoas ao chegarem aos 65 anos, em média, em qualquer lugar do Brasil, vivem praticamente a mesma idade”, disse Marinho.

O atual sistema de Previdência é injusto de acordo com as projeções da equipe econômica. No INSS, 82% dos benefícios são de no máximo dois salários mínimos, mais da metade são de apenas um salário mínimo; 15% dos mais ricos acumulam quase metade da renda previdenciária; a idade média nas aposentadorias por tempo de contribuição é de 54 anos; a população mais pobre se aposenta por idade, em média aos 65,5 anos os homens, e aos 61,5 anos as mulheres com 19,5 anos de contribuição.

O secretário citou o especialista em Previdência Paulo Taffner ao reforçar que o sistema atual é injusto com os mais pobres.

“A lógica aqui é a seguinte: os mais pobres se aposentam em média dez anos depois dos mais ricos. Eu escutei uma palestra do Taffner onde ele fazia uma figura de linguagem que dizia o seguinte: no Brasil as empregadas domésticas se aposentam dez anos depois da patroa; o peão de obra, dez anos depois do proprietário da obra. Então, esse é um sistema injusto e o que estamos propondo é que todos tenham as mesmas regras e as mesmas condições dentro de um processo de transição, o INSS e o regime próprio”, afirmou Marinho.

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