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Saúde No Brasil, cerca de 27% das mulheres em idade fértil utilizam a pílula anticoncepcional

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Os exemplos de meninas que deixam de usar o remédio se tornam mais recorrentes após relatos de pacientes que foram acometidas por doenças como a trombose venosa cerebral. (Foto: Reprodução)

Diversas mulheres têm aderido a um movimento que está ditando que a pílula anticoncepcional pode ser deixada de lado, devido ao temor ou à insatisfação em relação a possíveis efeitos colaterais associados ao remédio, como redução de libido, alterações de humor e, em casos raros, trombose venosa. A decisão, porém, é vista com cautela por médicos. Especialistas garantem que os benefícios da pílula são, de modo geral, maiores que eventuais efeitos negativos. Na opinião deles, as reações adversas ocorrem quando falta orientação médica.

De acordo com dados de 2014 da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), cerca de 100 milhões de mulheres usam pílulas anticoncepcionais em todo o mundo. No Brasil, cerca de 27% das mulheres em idade fértil utilizam este método contraceptivo. Os exemplos de meninas que deixam de usar o remédio se tornam mais recorrentes após relatos de pacientes que foram acometidas por doenças como a trombose venosa cerebral, um quadro supostamente associado ao medicamento.

Estudo publicado na revista científica British Medical Journal, no ano passado, reforça a relação entre anticoncepcionais orais e ocorrência do chamado TEV (tromboembolismo venoso). A pesquisa da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, demonstra que as pílulas mais novas que contêm tipos recentes de hormônios progestágenos (drospirenona, desogestrel, gestodeno e ciproterona) trazem mais risco de coágulos. Ainda segundo o relatório, as mulheres que usam contraceptivos orais combinados estão mais sujeitas a tromboses do que aquelas que não tomam pílula. A chance de desenvolver o problema pode ser até 2,5 vezes maior entre as que usam as pílulas mais antigas (compostas por levonorgestrel, a noretisterona, e norgestimato) e quatro vezes superior entre as que tomam os comprimidos mais recentes.

No entanto, os números da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mostram que os registros do problema são raros. Segundo os dados, de 2011 a junho deste ano foram notificados 267 casos de reações adversas relacionadas ao uso de anticoncepcionais. Desses, 177 foram ocorrências graves, como trombose, embolia pulmonar, acidentes vasculares cerebrais, entre outros. Nesses cinco anos, foram registrados quatro mortes relacionadas ao uso do medicamento. Recentemente, a agência emitiu uma nota afirmando que os anticoncepcionais só devem ser vendidos sob prescrição médica. E ressaltou que devem ser feitos exames clínicos em mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau e da aferição de pressão antes da prescrição do remédio.

Mais efeitos também colocam as pílulas na berlinda. São comuns as reclamações de perda de libido, ganho de peso e mudanças abruptas de humor. Para a ginecologista Cláudia Jacyntho, nesses casos, as pacientes podem conversar com seus médicos e trocar de pílula. Entre os métodos que não utilizam hormônios, as mulheres podem recorrer às camisinhas masculinas e feminina e ao diafragma, entre outros. (AG)

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https://www.osul.com.br/no-brasil-cerca-de-27-das-mulheres-em-idade-fertil-utilizam-a-pilula-anticoncepcional/ No Brasil, cerca de 27% das mulheres em idade fértil utilizam a pílula anticoncepcional 2016-09-16
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