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Celebridades “No cinema você tem que expor suas rugas e sua velhice”, disse Lília Cabral

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Lilia Cabral em cena de Maria do Caritó. (Foto: Divulgação)

A atriz Lília Cabral, que está prestes a retornar aos cinemas com o filme Maria do Caritó, conversou com o jornal O Globo sobre censura, envelhecimento e a “brasilidade” do seu novo projeto.

“Apresentei [o filme] à Globo Filmes, que perguntou por que era importante fazer. Respondi: porque faz tempo que o Brasil não vê um filme como este, cheio de brasilidade. Enquanto se faziam filmes de superheróis, Vingadores e afins, fomos pelo caminho da simplicidade”, comentou.

A atriz ainda contou porque gosta de aparecer na TV. “Adoro passar o fim de semana estudando. O papo de que as séries vão tornar as novelas obsoletas é bobagem. Americano não sabe nem fazer novela”, disse.

“Quando fui indicada ao Emmy Internacional pela primeira vez [em 2007, por Páginas da Vida], estava que nem uma tonta no meio daquele povo importante. A atriz francesa que concorria comigo, e que acabou ganhando [Muriel Robin, por Marie Besnard, l’Empoisonneuse], disse pra mim como tinha feito uma cena em três dias. Falei que a gente fazia 20 por dia. Fez-se um silêncio mortal. Ninguém acredita”, comentou.

Ela ainda notou que algumas séries norte-americanas são muito similares à nossa dramaturgia. “Essa conversa me lembrou de This is Us. Adoro. Falam que é seriado, mas é novela. É puro Manoel Carlos”, brincou ela.

Censura e “rugas”

Por falar na preferência pela tela pequena, a atriz contou que se sente mais exposta no cinema – especialmente em Maria do Caritó. “A novidade era me ver sem glamour nenhum, sem requinte de roupa ou beleza. No cinema, você tem que expor sua velhice, rugas, pele”, definiu.

“Foi um desafio. Sempre busquei personagens imponentes, e agora apareço toda desconjuntada”, relatou ainda.

Cabral também refletiu sobre o momento em Maria do Caritó em que um candidato à prefeitura da cidade onde se passa a história propõe acabar com a Secretaria da Cultura.

A atriz garantiu, no entanto, que a cena não foi escrita para refletir acontecimentos recentes: “Esta frase estava na peça, que foi escrita em 2009. Sempre foi assim. A diferença é que agora as decisões estão tendo impactos concretos. É chocante. Ter que lidar com censura, como assim? De novo?”.

“O que alenta é saber que a maioria da população não vai deixar mexer com a arte. Não gosto de política quando ela chega determinando que peça pode ou não existir e que tipo de comportamento é errado. Fico frustrada por mim e por meus amigos”, completou.

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