Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As finanças dos Estados vão caindo como castelos de areia. A cada mês, a lista dos falidos aumenta. Os que pagam impostos sentem decepção, sem a perspectiva de uma situação melhor.
Os governos viveram décadas de falácias, que levaram à desestruturação fiscal. De rebarba, a corrupção andou solta.
COMO ANDAM
Antes de buscar alguma forma de socorrer os Estados, a ordem no Palácio do Planalto é pedir aos governadores que entreguem o levantamento completo dos fundos para pagamentos de pensões e aposentadorias. Tempo perdido. As reservas não existem.
VAI MUDAR
Os repetidos anúncios de compressão das despesas, que todos os governos apregoaram em mensagens, discursos, intenções, entrevistas e circulares, deixarão de ser literatura. Até agora, não tinham passado de manobra burocrática-eleitoreira para engambelar.
CRESCIMENTO
Em 2010, o governo do Estado aplicou 642 milhões de reais no pagamento de pessoal da Secretaria da Saúde. Em 2017, chegará 2 bilhões e 235 milhões de reais. Quem utiliza os serviços gostaria de ver o reflexo no atendimento.
ESTÁ NA HORA
Alguma entidade da área de Engenharia deveria avaliar o prejuízo aos cofres públicos com a paralisação das obras de duplicação da rodovia Guaíba-Pelotas.
FATALIDADE
O romancista argentino Ernesto Sábato dizia que “os homens são propensos ao mal. Alguns dos mais propensos se candidatam a cargos públicos.”
VEM DE LONGE
Em abril de 1500, ao escrever uma carta ao rei de Portugal, anunciando a descoberta do Brasil, Pero Vaz de Caminha pediu emprego para seu genro em Portugal. Foi o ponto de partida para o pistolão, que se tornou instrumento consagrado ao longo de séculos.
ELEMENTO SURPRESA
Donald Trump soube conquistar o apoio e a militância silenciosa dos operários norte-americanos e da classe menos favorecida que os democratas dizem defender. Foi eleito pelos mais pobres com o pavor de escolarizados, ricos e famosos.
EM QUEDA
Não foi só a Presidência dos Estados Unidos. O Partido Democrata perdeu mais: as representações no Senado, na Câmara dos Deputados e nas assembleias estaduais, além de grande número de governadores. Desde 1928, os democratas não tinham tão pouco poder.
VISÃO EXTERNA
O jornal argentino Clarin sobre resultado das eleições no Brasil: “A era dos estranhos na Política não tem fronteiras”.
RÁPIDAS
* Uma das certezas da próxima gestão: será criada a Secretaria Municipal da Segurança Pública.
* A Petrobras vai desarquivar, em março de 2017, o plano de prospecção de petróleo na costa do Rio Grande do Sul.
* De tanto pedir testemunhas, Eduardo Cunha chegará ao presidente da Organização das Nações Unidas.
* Nas eleições de 2018, não será fácil para os partidos e os candidatos enfrentarem a descrença.
* Com receio de ser mal interpretado, o jornal Granma, de Cuba, evita interpretar a vitória de Trump.
* No período de formação de governos municipais, surge a competição entre chatos e chateados.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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