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Brasil No Rio de Janeiro, traficantes executaram criminosos rivais e mandaram entregar os corpos embrulhados em “embalagem de presente”

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Ação teria ocorrido em represália à morte de um adolescente sem vinculações com o crime. (Foto: Reprodução)

A execução de um estudante desencadeou mais uma guerra entre quadrilhas na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em retaliação ao assassinato de um estudante de 16 anos, criminosos que dominam o tráfico na Cidade Alta executaram bandidos rivais, das favelas do Pica-Pau e Cinco Bocas, mutilaram e deixaram dois cadáveres na porta de uma das comunidades, dentro de caixas embrulhadas com papel de presente e até laço-de-fita.

A barbárie foi motivada pela execução do adolescente Matheus William, de 16 anos, assassinado com um tiro pelas costas por volta de 13h, na Estrada Porto Velho, em Cordovil. Morador da Cidade Alta, o garoto não tinha qualquer ligação com o crime mas foi confundido com um homem supostamente envolvido com o tráfico.

Segundo a Polícia Civil fluminense, os assassinatos dos criminosos ocorreram na manhã de sexta-feira, quando um grupo comandado pelo traficante Rodnei de Menezes Andrade, o Baratão, um dos líderes da Cidade Alta, decidiu capturar os criminosos identificados como Lorran e Gato.

Baratão filmou a invasão à favela do Pica Pau, junto com outros criminosos, três deles já identificados pela PM (Polícia Militar). Nas imagens, o grupo se exibe sem muita preocupação em esconder os rostos de seus integrantes.

A região está vivendo meses de confronto desde que criminosos da Parada de Lucas tomou o controle da favela. Na Cidade Alta, bandidos impuseram uma taxa de R$ 5 para cada morador, em uma espécie de “IPTU”. Já no Dia das Crianças (12 de outubro), o traficante Álvaro Santa Rosa, o Peixão, mandou distribuir presentes e montou uma gigantesca piscina na comunidade para angariar a simpatia da comunidade.

Levantamento

Dados oficiais revelam que o número de vítimas de assassinatos em áreas com UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) voltou ao mesmo patamar do início de 2009, quando o projeto ainda engatinhava. O número de mortes violentas registradas nas favelas que já foram consideradas pacificadas pelo governo do Rio de Janeiro ao longo de 2016 é o maior registrado desde 2009, quando só havia cinco unidades inauguradas.

Já o primeiro trimestre de 2017 (dado mais recente compilado no levantamento) teve o pior desempenho de início de ano das UPPs nestes oito anos: foram 61 mortes, uma a cada 35 horas. Os três primeiros meses de 2009, quando só as UPPs Santa Marta, Cidade de Deus e Batan haviam sido inauguradas, registraram 63 assassinatos.

Os dados foram compilados pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) e repassados à Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa fluminense, levando em consideração os 38 territórios hoje ocupados por UPPs. A pesquisa contabilizou todas as vítimas de letalidade violenta (homicídios, roubos seguidos de morte, lesões corporais seguidas de morte e autos de resistência, ou seja, mortes em confrontos com a polícia).

Em comparação com todos os trimestres anteriores desde 2009, os primeiros três meses de 2017 só contabilizaram menos assassinatos do que os dois primeiros trimestres de 2009 e do que os três meses imediatamente anteriores: o período de outubro a dezembro de 2016 registrou 73 homicídios.

Em favelas com UPPs, a proporção de pessoas mortas por policiais em confronto, os autos de resistência, é quase três vezes maior do que no estado do Rio inteiro. Das 61 mortes ocorridas entre janeiro e março deste ano, 44% foram registradas como autos de resistência. No mesmo período, das 1.876 mortes violentas registradas no estado, 306 (16%) ocorreram em confrontos com a polícia.

No último trimestre de 2016, as UPPs registraram 37 autos de resistência. Esse período é o segundo com mais mortes em confronto da história do projeto, somente atrás do segundo semestre de 2009, quando a maior parte das incursões nessas favelas ainda era feita por PMs lotados nos batalhões das áreas.

 

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