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Brasil No seu último dia como procuradora-geral da República, Raquel Dodge denuncia fraude nas investigações da morte de Marielle e pede novo inquérito

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"Eles todos participaram de uma encenação", afirmou Raquel Dodge. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Em seu último dia no cargo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspeitos de fraudar as investigações sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes.

Entre os implicados está o conselheiro afastado do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) Domingos Brazão. Dodge pediu ainda a abertura de inquérito para apurar se o conselheiro foi o mandante do assassinato, cujos executores já foram apontados pela Polícia Civil.

Outro pedido foi que as investigações sobre a encomenda do duplo homicídio sejam federalizadas. Para Dodge, ainda há uma imensa dificuldade em investigar e elucidar quem são os mandantes.

Além de Brazão, segundo Dodge, estão entre os acusados um funcionário do gabinete dele, uma advogada e um delegado da Polícia Federal aposentado. Se o STJ abrir a ação penal requerida por Dodge, eles vão responder pelos crimes de obstrução de Justiça, favorecimento pessoal e falsidade ideológica.

O grupo teria atuado para que a linha inicial da investigação fosse desvirtuada, levando a Polícia Civil a suspeitos que não eram os verdadeiros autores do crime. “Eles todos participaram de uma encenação”, afirmou Dodge. “Domingos, valendo-se do cargo, e da estrutura do TCE do Rio, acionou um de seus servidores, um agente da PF aposentado, para engendrar uma simulação que consistia em prestar informalmente depoimentos ao delegado [Hélio Khristian] e, a partir daí, levar uma versão dos fatos à Polícia Civil do Rio, o que acabou paralisando a investigação”, disse ela.

Os detalhes da denúncia não foram apresentados. O caso correrá perante o STJ porque Brazão é conselheiro afastado do TCE e a estrutura do tribunal foi usada para o suposto crime.

Marielle Franco, eleita vereadora no Rio em 2016, foi assassinada na noite de 14 de março de 2018 quando voltava de um debate com mulheres negras na Lapa, no Centro do Rio. O seu veículo foi atacado a tiros.

Sentada no banco de trás, ela foi atingida por quatro disparos na cabeça. Anderson Gomes, seu motorista, também morreu com três tiros nas costas. A assessora Fernanda Chaves sobreviveu.

O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foram presos em março sob acusação de terem executado o atentado. Ambos negam a acusação.

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