Armando Burd NO TERRENO DAS INDECISÕES
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O PMDB promove congresso nesta terça-feira, dia 17, em Brasília, para discutir como continuar no governo federal sem quebrar os pratos nem comprometer o projeto eleitoral de 2018. A idéia inicial era realizar o evento no domingo, dia 15, homenageando o número do partido. A direção, porém, mudou a data porque durante a semana a concentração de filiados é menor. Outra decisão antecipada foi retirar da pauta o fim da aliança com o PT, defendida por um grupo de deputados federais. A programação debaterá propostas de superação da crise econômica e alternativas a políticas do governo Dilma, do qual é o aliado, tendo sete ministérios e a Vice-Presidência.
Para fugir do desgaste, o PMDB divulgou, a 29 de outubro, documento intitulado Uma Ponte para o Futuro em diverge das propostas do PT. Afirmou que o desequilíbrio fiscal está na origem dos principais problemas do país e defende um “ajuste de caráter permanente”. Foi uma forma elegante de criticar os gastos acima da receita. Aí está o núcleo da questão: o poder de decisão final fica longe do alcance dos peemedebistas.
A ruptura com o governo e o PT se dará no decorrer de 2016. Até lá, o PMDB irá levando. A única certeza é de que o partido contará com candidato próprio à Presidência da República em 2018. Poderá ser Michel Temer ou José Serra, na hipótese de que o tucano não tenha oportunidade de concorrer e decida mudar de lado. Por enquanto, o candidato do PSDB é Aécio Neves, que ainda terá pela frente Geraldo Alckmin. Serra é o terceiro na fila.
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