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Brasil Nomeado por Michel Temer para o Tribunal Superior Eleitoral, o advogado Ademar Gonzaga nega ter vínculo com o presidente, que poderá depender de seu voto para continuar no poder

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Admar Gonzaga (Foto: Divulgação)

 

Nomeado nesta quinta-feira (30) pelo presidente Michel Temer para o posto de ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o advogado Admar Gonzaga rechaça ter vínculo com o presidente, que poderá depender de seu voto para continuar no poder.

“Apertei a mão dele (Temer) a primeira e única vez na posse do ministro da Transparência, Torquato Jardim, e ficamos conversado em uma roda”, disse Gonzaga à reportagem após a indicação.

Com atuação de mais de 20 anos no direito eleitoral – tendo inclusive trabalhado na campanha de Dilma Rousseff e Temer de 2010 -, Gonzaga assume o posto de Henrique Neves em 17 de abril.

Ele deverá participar do julgamento da chapa Dilma-Temer de 2014, que começa na próxima terça-feira (4).

Neves é visto pelo Planalto como favorável à tese da cassação da chapa, mas a expectativa é que não haja tempo para que ele dê seu voto no julgamento da ação.

O nome de Gonzaga, que já atua como ministro substituto no TSE, foi o primeiro da lista tríplice enviada em fevereiro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao Planalto. A relação tinha ainda Tarcisio Vieira Neto e Sérgio Banhos.

Segundo um auxiliar presidencial, Temer antecipou a nomeação para evitar especulações de que poderia escolher o segundo ou terceiro indicados, dependendo do posicionamento que ministros tivessem durante o início do julgamento. A decisão de Temer, no entanto, também é vista como uma tentativa de causar constrangimento.

Sobre o convite para integrar a equipe jurídica da campanha de 2010, Gonzaga brinca: “Fui chamado porque acharam que eu dava muito trabalho para eles”. Até então, ele tinha atuação em siglas como DEM e PP.

Os trabalhos na refundação do PFL como DEM e nas fusões que deram origem ao PP renderam a Gonzaga o carimbo de “advogado ligado a partidos de direita”, segundo ele próprio. “Já tinha entrado em listas [de indicação], era um recordista, acho que apareci em umas 14. Mas falavam que eu era muito carimbado pela atuação com partidos de direita”, afirmou.

Ele atribuiu as recorrentes indicações ao TSE aos ministros do STF Marco Aurélio Melo e Gilmar Mendes – este último um dos principais conselheiros de Temer desde que assumiu a Presidência.

“Eles lembraram muito o meu nome”, afirmou.

A primeira nomeação para a corte, em 2013, foi feita por Dilma Rousseff. Dois anos depois, ela o reconduziu como substituto. Agora, Temer o nomeou novamente, desta vez como ministro titular.

Sobre a versão de que entraria no TSE para favorecer o presidente na ação que pede sua cassação, ele diz: “É especulação sem razão, como se as pessoas não tivessem qualidades, compromisso com o país”. “Já estive em tantas listas e fui acusado de tudo. Cada hora dizem que tenho uma tendência política.”

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