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Mundo Nos Estados Unidos, os divórcios depois dos 50 anos de idade dobraram nos últimos 25 anos

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(Foto: Behrouz Mehri/AFP)

Há algumas semanas, uma amiga me avisou pelo Whatsapp: “Me separei depois de 20 anos de casada. Já vinha empurrando a situação com a barriga e tomei coragem aos 60”. No Brasil, de acordo com o IBGE, as estatísticas do registro civil (2003-2011) mostravam crescimento no número de divórcios de 2003 e 2008, entre os 50 e 64 anos. No entanto, a partir de 2009, essa curva é descendente. Se, por aqui, as separações nessa faixa etária podem não estar em alta, nos EUA o fenômeno é tão expressivo que já tem nome: gray divorce (divórcio grisalho).

De acordo com levantamento publicado em março pelo Pew Research Center, com dados que vão até 2015, as taxas de divórcio entre adultos acima dos 50 dobraram desde a década de 1990. Entre as pessoas com 65 anos ou mais, as separações triplicaram desde 1990.

Embora, em números absolutos, os mais jovens se separem numa proporção maior, os pesquisadores detectaram algumas mudanças de comportamento: como as pessoas estão se casando mais tarde, o número de divórcios entre os 25 e 39 anos caiu. Em compensação, o fim dos casamentos acima dos 50 estaria relacionado ao envelhecimento dos baby boomers, a geração nascida entre 1946 e 1964 – em 2015, esses indivíduos tinham entre 51 e 69 anos.

No início da sua vida adulta, os baby boomers, que viveram a revolução sexual, tiveram um número sem precedentes de divórcios – foi quando “discutir a relação” entrou na pauta do dia a dia dos casais. De acordo com especialistas, a instabilidade nessa fase mais jovem contribui para uma taxa maior de divórcios na idade madura, já que novos relacionamentos tendem a ser menos estáveis. Ainda pelo levantamento americano, entre os 50 mais que se separaram em 2015, 48% já estavam no segundo ou terceiro casamento.

Passar a viver só também traz desafios, principalmente do ponto de vista financeiro. O mesmo instituto tem um levantamento, realizado em 2016, que mostra que a estabilidade econômica dos idosos que vivem com outras pessoas tende a ser maior do que entre os que estão sozinhos.

A longevidade é um fator que ganha cada vez mais peso: com a perspectiva de ter 20 ou 30 anos pela frente, por que insistir num relacionamento fracassado, ainda mais com filhos crescidos? Não vale a pena investir num caminho próprio de autoconhecimento, independência e realizações? Por isso minha reposta para esta amiga também foi curta e objetiva: “bacana, vai ser feliz”. (Mariza Tavares/G1)

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