Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de outubro de 2017
A exigência de monitoramento mais estrito dos passageiros que embarcam para os EUA pelo governo de Donald Trump não vai afetar a rotina dos viajantes, afirmam empresas brasileiras.
A Latam informou que seus procedimentos continuam os mesmos – apenas algumas ações internas, como o modo como a limpeza dos aviões é feita, foram afetadas. Avianca e Azul disseram o mesmo.
Algumas companhias começaram a implementar nesta quinta-feira (26) as novas regras. Não está claro, porém, quais serão as alterações nem se isso vai alongar o processo de embarque. Segundo a autoridade aérea americana, TSA, a norma vale para todos os 2.100 voos que chegam diariamente aos EUA. Não há novos itens proibidos.
O governo americano calcula que as medidas vão afetar 325 mil passageiros por dia, de 180 companhias aéreas, e 280 aeroportos em 105 países.
Ao redor do mundo, empresas intensificaram a análise de bagagens e passaram a fazer perguntas adicionais sobre razão da viagem e preparo das malas antes do embarque. Segundo a Associated Press, algumas aéreas receberam sinal verde para só adotar a nova cartilha em janeiro.
Entre as empresas aéreas que confirmaram estar revisando seus processos estão Cathay Pacific, Egyptair, Royal Jordanian, Emirates, Lufthansa e Air France –só as três últimas operam no Brasil.
“Vamos começar a interrogar todos os nossos passageiros com destino aos EUA”, disse na quarta (25) Hervé Erschler, porta-voz da Air France, que opera 13 rotas entre a França e os EUA. Ele não deu detalhes sobre o teor da sabatina.
Acrescentou que as mesmas regras valem para passageiros em conexão e que haverá mudanças no despacho de bagagens e alterações nas aeronaves, sem especificar.
Outras empresas, entre elas a Emirates, que também deve implementar desde já as novas regras, estão avisando seus passageiros para chegar com antecedência ao aeroporto, prevendo possíveis atrasos na hora do embarque e no despacho de bagagens.
Novas regras
Em um comunicado oficial, a Transportation Security Administration (agência do governo responsável pela segurança aeroportuária) afirmou que os viajantes terão de passar por inspeções mais rigorosas e que equipamentos eletrônicos serão vistoriados. Haverá ainda maior controle e vigilância nas áreas de embarque dos aeroportos e nas aeronaves.
As mesmas regras valem para passageiros em conexão e que haverá mudanças no despacho de bagagens e alterações nas aeronaves, mas não deu detalhes da operação.
“Estamos em contato próximo com todas as autoridades relevantes”, diz Tal Muscal, porta-voz da alemã Lufthansa, uma das maiores aéreas europeias, com sede em Frankfurt. “Recebemos novas ordens para expandir medidas de segurança em voos para os Estados Unidos e vamos implementar essas medidas.”
Segundo o mesmo porta-voz, que não detalhou os procedimentos, essas mudanças terão validade imediata.