Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de março de 2016
A mudança no comando do Ministério da Justiça não deve refletir na PF (Polícia Federal) e não há previsão de saída do atual diretor-geral do órgão, Leandro Daiello, afirmou nessa terça-feira Wellington César Lima e Silva, indicado para assumir a pasta em substituição a José Eduardo Cardozo. “A Polícia Federal naturalmente, nessa conjuntura, é um tema sensível. Já tive uma reunião ontem [segunda-feira] com o diretor-geral e tive a melhor das impressões. Portanto, não há no horizonte nenhuma mudança prevista nesse setor”, afirmou o futuro ministro, depois de encontro com Cardozo.
Segundo uma fonte palaciana, a manutenção de Daiello no cargo já havia sido discutida na segunda-feira por Lima e Silva e a presidenta Dilma Rousseff. A permanência do diretor-geral seria uma maneira de sinalizar que, apesar da saída de Cardozo por razões políticas, não haverá interferência na atuação da PF.
Já Cardozo afirmou que não se sente injustiçado com sua saída do ministério e a mudança para a Advocacia-Geral da União, mesmo tendo decidido pedir demissão pela pressão de companheiros de partido – inclusive do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele repetiu o que já havia dito em novembro do ano passado, que há sempre uma “fadiga de material” no cargo de ministro da Justiça. A posse dos dois ministros está prevista, em princípio, para a quinta-feira. (Lisandra Paraguassu/Reuters)