Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de dezembro de 2015
O novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse nessa quinta-feira que as prioridades de seu governo serão o combate à pobreza e ao narcotráfico, além de trabalhar para unir o país. “É um desafio, depois de anos de prepotência e enfrentamento inútil. Todos temos que crescer. Quem votou em nós quer três coisas: pobreza zero, derrotar o narcotráfico e união de todos. Vamos universalizar a proteção social para que nenhuma criança fique desprotegida”, declarou, ressaltando que adotará políticas para promover a geração de empregos.
Macri disse também que governará sem “o personalismo dos que atropelam as instituições por motivos pessoais”. De acordo com ele, sua gestão será transparente. Durante o governo passado, oposicionistas e formadores de opinião acusavam a gestão de Cristina Kirchner de omitir dados estatísticos relativos à economia.
América Latina
Macri afirmou que seu governo buscará unidade e cooperação da América Latina com o restante do mundo e o fortalecimento da democracia na região para superar as adversidades. “Queremos ter um relacionamento normal com todos os países do mundo”, disse, durante seu discurso de posse.
O novo presidente defendeu a Justiça independente na Argentina. “No nosso governo, não haverá juízes macristas, não pode haver juízes militantes de algum partido político, não são bem-vindos no meu governo”, declarou o novo presidente. Ele também quer um Poder Judiciário mais rápido. “Justiça tardia não é Justiça.”
Macri pediu o apoio de todos os setores para governar e cumprimentou os outros candidatos à Presidência. Todos os candidatos compareceram à posse. “Estamos unidos pela democracia e para ver uma Argentina desenvolvida. Os desafios à frente são enormes, e não poderão ser resolvidos de uma hora para outra, mas asseguro que vamos dar pequenos passos a cada dia. Conto com vocês.”
Corrupção
Ele também prometeu combater a corrupção. “Esse governo vai combater a corrupção. Vou ser implacável com os corruptos. Não importa o partido.”
O novo presidente sucede Cristina Kirchner, que ocupou a presidência argentina durante um período de oito anos. Macri foi eleito no segundo turno das eleições, no dia 22 de novembro, com 51,42% dos votos, contra 48,60% de Daniel Sciol.
Estiveram presentes na posse os presidentes da Colômbia, da Bolívia, do Uruguai, do Paraguai e do Chile. A presidenta Dilma Rousseff não chegou a tempo. (ABr)