Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2019
Segundo o Sindicato Intermunicipal das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais no RS (Secovi/RS), nos últimos cinco anos, quase que dobrou o número de casas, lojas e salas comerciais desocupados. Somados os três tipos de imóveis, há 6.589 espaços vagos, contra 3.354 de cinco anos atrás (aumento de 96%).
O levantamento aponta que, em julho de 2014, 2.053 salas eram anunciadas pelas imobiliárias da Capital, saldo que subiu para 4.467 em julho de 2019 — salto de 117%. No mesmo período, o número de lojas sem locatário cresceu 79% (de 1.010 para 1.808) e o de casas comerciais variou 7,9% (de 291 para 314).
Para além dos números da economia, há uma mudança de comportamento por trás do aumento de imóveis comerciais desocupados. O trabalho exercido em casa — home office — e os escritórios compartilhados — coworkings — impactam nos números. É o que Schukster chama de “reflexo de novos tempos”.
Com o mercado imobiliário patinando por causa da crise, um outro fenômeno contribui para esse cenário: são proprietários que não conseguem vender o imóvel e decidem alugá-lo para não arcar com pagamento de condomínio e taxas. Em Porto Alegre, em 2014, 28.986 empresas deixaram de operar, contra 20.622 que se instalaram ou abriram filiais na Capital. Os números referentes aos alvarás voltaram a crescer em 2018, quando 15 mil empresas tiveram licença expedida, contra 8.746 baixas.