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Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2017
O número de mortos pelo terremoto de 7,1 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o México na terça-feira (19) chegou a pelo menos 251, de acordo com o último balanço divulgado por autoridades locais nesta quinta-feira (21). A quantidade de feridos ultrapassa 1,8 mil.
Foram confirmadas pelo menos 115 vítimas fatais na Cidade do México; 73 em Morelos; 44 em Puebla; 13 no Estado do México; cinco em Guerrero e uma Oaxaca. Em pronunciamento em rede nacional, o presidente do país, Enrique Peña Nieto, anunciou três etapas de ações após o desastre: apoio à população afetada, elaboração de um censo abrangente de danos materiais e reconstrução das áreas atingidas.
Já o prefeito de Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, confirmou o resgate de ao menos 57 pessoas sob os escombros de edifícios desmoronados. Aurelio Nuño, titular da Secretaria de Educação do país, informou que em nove Estados há mais de 5 mil escolas com danos por conta desse tremor e do terremoto ocorrido no dia 7 de setembro.
Igrejas
O terremoto que atingiu a Região Central do México causou danos, alguns muito severos, em ao menos 163 igrejas do Estado de Puebla, um dos lugares com maior número de paróquias no segundo país com mais católicos no mundo. O porta-voz da arquidiocese de Puebla, padre Paulo Carvajal, afirmou que muitos edifícios do centro histórico da capital foram destruídos, como o Templo da Companhia e o Templo de São Francisco, cujas construções iniciaram no século XVI.
O terremoto de 7,1 graus também fez com que a emblemática igreja do Santuário dos Remédios, que se encontra em cima de uma pirâmide na cidade de Cholula, perdesse parte de suas duas torres. “Estamos desconcertados. Estamos contando os danos, o centro de Puebla está muito danificado”, disse Carvajal. “É uma situação muito lamentável”, completou.
O porta-voz afirmou que nenhum dos templos pode ser ocupado até que sejam revisados por autoridades e que o número de santuários afetados pode aumentar. A arquidiocese de Puebla tem mais de 500 igrejas.
Momento mais trágico
Em 19 de setembro de 1985, a Cidade do México atravessou o momento mais trágico de sua história após um devastador terremoto de magnitude 8,1 reduzir a escombros muitas partes da cidade, deixando mais de 10 mil mortos. Com um governo ausente, os mexicanos se organizaram para levantar a metrópole das ruínas, mudando a história social e política do local.
Na última terça-feira, quando ocorreu um novo tremor, a cidade se organizou espontaneamente e milhares de pessoas foram para as ruas tirar escombros com as mãos, oferecer alimentos e água aos socorristas e machucados. Sem importar a idade, os moradores da Cidade do México cresceram vendo imagens do tremor de 1985 e realizando treinamentos, inclusive um foi feito um pouco antes do novo sismo atingir a região.