Ciência Números de transplantes na Santa Casa de Misericórdia crescem 60%
Por Redação O Sul | 11 de abril de 2019
A Santa Casa de Misericórdia registrou um aumento de 60% na realização de cirurgias de transplantes de órgãos. Apenas no mês de março, 68 procedimentos foram realizados, sendo que, em fevereiro, o número foi de 43. Os mais procurados foram os transplantes renais: no segundo mês de 2019 foram realizados nove, e, no último mês, vinte e seis. Em comparação ao ano anterior, houve um aumento de 13% nas cirurgias no mesmo período.
Os dados são bem vistos pela equipe do hospital, que espera que “essa tendência permaneça nos próximos meses, para que possamos beneficiar mais pacientes aguardando em lista sua oportunidade de obter melhor qualidade de vida”, conforme afirma o Dr. Valter Garcia, nefrologista e coordenador de transplantes da Santa Casa. Em todo o ano passado, 627 procedimentos foram realizados. Para a equipe, o número pode aumentar, desde que aconteça “uma maior conscientização da sociedade sobre a importância deste tema, e das pessoas declararem a sua vontade de ser um doador às família”, como explica Dr. José Camargo.
Transplantes pioneiros na Santa Casa
A Santa Casa de Porto Alegre é referência brasileira e na América Latina na realização de transplantes. Em 2019, a instituição irá celebrar os 30 anos do primeiro transplante de pulmão da América Latina e os 20 anos do primeiro transplante de pulmão com doadores vivos, feito fora dos Estados Unidos. Também foi na Santa Casa o primeiro transplante de córneas no Brasil, (1938), o primeiro transplante conjugado de rim e pâncreas no Brasil (1987), o primeiro transplante de fígado no Rio Grande do Sul (1991), o primeiro transplante conjugado de fígado e rim no Rio Grande do Sul, e mais recentemente, em março deste ano, houve o primeiro transplante de fígado do RS a partir de um doador com menos de 20 dias de vida, cujo órgão pesava somente 130 gramas.
