Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de março de 2018
O advogado Carlos Alexandre Klomfahs enviou uma manifestação neste sábado (24) ao ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), em que aponta “desaprovação” pelo “tratamento diferenciado” ao ex-presidente Lula. No documento, o advogado pede que em 4 de abril, durante a sessão que vai analisar o habeas corpus preventivo requerido pelo petista, o ministro Fachin diga “quais foram os critérios” usados para colocar o pedido do ex-presidente em pauta “em detrimento de milhares que jazem à porta da Corte”. O defensor tem um habeas no gabinete do ministro Marco Aurélio.
“Manifestação de desaprovação e requerimento de prestação de informações aos jurisdicionados e à comunidade jurídica em nome de milhares de advogados brasileiros sobre o tratamento diferenciado aplicado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da sociedade brasileira que financia o orçamento do Supremo Tribunal Federal de R$ 708 milhões”, informa Carlos Klomfahs.
Na quinta-feira (22), o Supremo aliviou a situação para Lula, condenado em segundo grau judicial – pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região –, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá.
Na manifestação, o advogado afirma que “não se trata de nenhum questionamento político no espectro direita-esquerda, nem a favor nem contra o ex-presidente”. Carlos Klomfahs anota que “se trata da análise de um habeas corpus preventivo, ou seja, não tanto mais relevante e emergente do que de habeas corpus repressivo, em número de cinco mil (5.000) e segundo noticiado pela imprensa hoje, 29 dos HC’s não tiveram decisão alguma no STF ainda”.