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Por Redação O Sul | 24 de maio de 2017
O advogado Antonio Claudio Mariz, que defende o presidente Michel Temer, afirmou que a delação premiada “não é prova por si só” e é preciso checar a “efetividade” das informações. Mariz deu a declaração ao fazer uma palestra em Brasília, em um seminário intitulado “A Colaboração Premiada no Direito Brasileiro”.
Com base no que os empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, informaram ao MPF (Ministério Público Federal) no acordo de delação premiada fechado no âmbito da Operação Lava-Jato, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito para investigar o chefe do Executivo.
“Delação não é prova, delação é meio de prova, ela não é prova por si só. É preciso que se veja a efetividade desta delação, não basta dizer que o presidente ‘fez isso ou aquilo’. Ele representa o Poder Executivo e as coisas, bem ou mal, estão baixando uma acusação contra ele. Qualquer cidadão não pode ter uma acusação deste naipe”, declarou.
Para Mariz, a lei está sendo “derrogada e achincalhada” em nome do combate ao crime. Presente ao mesmo seminário, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes disse, também em palestra, que delator não é “salvador da pátria”.