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Colunistas O ânimo do guerreiro

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Escritor Carlos Castañeda nasceu em Havana, em 1932, e morreu em Lisboa, em 2002 crédito: Reprodução

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Carlos Castañeda foi um autor que marcou muito a minha geração – embora nunca tenha sido considerado pelo sistema acadêmico como alguém que merecesse uma atenção maior que a simples curiosidade. Em sua homenagem, publico sempre uma vez por ano, uma seleção de seus textos mais importantes:

“O mais difícil neste mundo é adotar o ânimo e a atitude de um guerreiro. De nada serve ficar triste, queixar-se, sentir-se injustiçado, e acreditar que alguém está nos fazendo algo negativo. Ninguém está fazendo nada, muito menos a um guerreiro”.

“Não importa como fomos criados. O que determina nosso modo de agir é a maneira como administramos a nossa vontade. Um homem é a soma de todas as suas vontades, que determinam sua maneira de viver e morrer.
A vontade é um sentimento, um talento, algo que nos dá entusiasmo. A vontade é algo que se adquire – mas para isso é necessário lutar a vida inteira.”

“Desde o instante em que nascemos, as pessoas nos dizem que o mundo é assim, ou assado, desta ou daquela maneira. É natural que – durante um certo período – terminemos por acreditar naquilo que nos dizem. Mas logo precisamos deixar estes conceitos de lado, e descobrir nossa própria maneira de ver a realidade.”

“A humildade de um guerreiro não é a mesma humildade de um homem servil. O guerreiro não abaixa a cabeça para ninguém, mas tampouco permite que alguém se incline diante dele. O homem servil, por outro lado, se ajoelha diante de qualquer pessoa que considere mais poderosa, e exige que as pessoas sob seu comando tenham o mesmo comportamento diante dele.”

“O mal das palavras é que elas nos fazem sentir como se estivéssemos iluminados, compreendendo tudo. Mas, quando nos viramos e enfrentamos o mundo, vemos que a realidade é completamente diferente daquilo que discutimos ou escutamos. Por causa disso, um guerreiro procura agir, e perde seu tempo em conversas inúteis. Através da ação, ele descobre o significado do que se passa no seu dia-a-dia, toma decisões criativas e originais.”

“O homem comum pensa que se entregar às dúvidas e às preocupações é um sinal de sensibilidade, de espiritualidade. Agindo assim, fica distante do verdadeiro sentido da vida, pois sua razão diminuta o converte no santo ou no monstro que imagina ser, e antes que se dê conta, está preso na armadilha que criou para si mesmo. Este tipo de gente adora que alguém lhes diga o que deve fazer, mais gosta mais ainda de não seguir os bons conselhos – só para aborrecer a alma generosa que, em dado momento, preocupou-se com ele. Só um guerreiro pode suportar o caminho do conhecimento. Um guerreiro não se queixa nem se lamenta de nada, não acha que os desafios são bons ou maus. Os desafios são simplesmente desafios.”

“O mundo é insondável e misterioso, e assim somos todos nós. A arte do guerreiro consiste em equilibrar o terror de ser um homem, com a maravilha de ser um homem.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-animo-do-guerreiro/ O ânimo do guerreiro 2015-04-24
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