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Esporte O árbitro chamado de ladrão pela tenista Serena Williams é um dos mais experientes do mundo

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Serena Williams discute com o árbitro Carlos Ramos na final do Aberto dos EUA. (Foto: Reprodução)

O árbitro de cadeira a quem Serena Williams chamou de “ladrão” na final de simples feminina do Aberto de Tênis dos Estados Unidos, no sábado (8), há muito se demonstra disposto a aplicar as regras rigorosamente, nas partidas dos maiores astros do tênis masculino e feminino.

O árbitro, o português Carlos Ramos, 47, causou controvérsia na final feminina, e atraiu a ira de Williams no segundo set de sua derrota por 6-2, 6-4, diante de Naomi Osaka.

Ramos aplicou três penalidades contra Williams por violação do código de conduta – por contato indevido com o seu treinador, quebrar uma raquete e insultar verbalmente o árbitro. A terceira dessas violações lhe custou um game no segundo set da partida contra Osaka. As informações são do jornal The New York Times.

Depois da partida, Williams foi multada em US$ 17 mil: US$ 10 mil pelas ofensas verbais, a maior multa na história do Aberto dos Estados Unidos até hoje; US$ 4 mil pela consulta indevida ao treinador; e US$ 3 mil por quebrar a raquete. De acordo com as regras, os tenistas estão sujeitos a multas de até US$ 20 mil por cada um desses delitos.

Ainda que Ramos seja considerado um árbitro severo, críticos dizem que ele poderia ter feito mais para acalmar a situação no sábado, antes de aplicar duas das três punições que impôs a Williams.

“Os dois cometeram erros”, disse Pam Shriver, ex-tenista e hoje comentarista da rede ESPN de TV. “Ramos ajudou a tirar dos trilhos uma decisão de torneio, ao agir com rigidez muito maior do que requer o protocolo, já que ele não fez uma advertência informal pela consulta ao treinador; não se comunicou de maneira efetiva, para acalmar uma jogadora que estava com o estado emocional alterado; e não permitiu que ela desabafasse antes de lhe aplicar a terceira penalidade, que lhe custou um game em um momento crucial da final”. “Não ouvi palavrão algum”, acrescentou Shriver.

Na primeira violação, quando Ramos viu Patrick Mouratoglou, o treinador de Williams, lhe dando um sinal, ele deveria ter feito uma advertência informal, informando a Williams que havia visto o treinador lhe passando instruções e pedindo que isso não acontecesse mais.

Mas Ramos em lugar disso escolheu aplicar uma punição direta. A segunda punição foi aplicada depois que Williams quebrou uma raquete, ao perder o saque no quinto game do segundo set. A punição por danificar raquetes é automática, e custou a ela um ponto, por ser sua segunda violação na partida.

Mas Ramos poderia ter adotado uma abordagem mais ativa antes de aplicar a terceira punição contra Williams, por agressão verbal, alertando a tenista quanto ao risco que ela estava correndo se continuasse a reclamar e a fazer observações pessoais sobre a arbitragem. Williams aparentemente acreditava, incorretamente, que a primeira punição, por contato indevido com o treinador, havia sido rescindida depois que ela protestou a respeito. Mas um árbitro de cadeira não pode rescindir punições durante um jogo.

Ramos é um dos árbitros mais experientes do tênis. Ele já realizou como árbitro sua versão do “Golden Slam”, o termo usado para designar um tenista que tenha vencido os quatro torneios do Grand Slam e conquistado uma medalha de ouro olímpica. Ele é o único juiz de cadeira em atividade a ter arbitrado as finais de simples masculinas dos quatro torneios do Grand Slam, e a final olímpica de 2012 entre Andy Murray e Roger Federer.

Embora Ramos tenha sido muito criticado na mídia social depois da partida e diversos dos tenistas mais famosos tenham criticado suas decisões, alguns dos dirigentes do tênis mundial o defenderam.

“Carlos é um dos principais árbitros mundiais de tênis desde a metade dos anos 90, e tem a reputação de ser firme mas justo na forma pela qual trata os jogadores”, disse Mike Morrissey, antigo juiz de cadeira e ex-diretor de arbitragem na Federação Internacional de Tênis.

Katrina Adams, presidente da Associação de Tênis dos Estados Unidos, defendeu Williams em uma entrevista à ESPN no sábado.

“Eu diria que a noite de ontem foi infeliz”, ela disse. “É preciso haver coerência, porque quando vemos o que as mulheres, no caso Serena, estão sentindo, é algo que vemos acontecer do lado dos homens o tempo todo. Eles reclamam com o juiz de cadeira o tempo todo, e coisa alguma acontece”.

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