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Mundo O autodeclarado presidente interino da Venezuela garantiu estar “mais forte do que nunca” e disse que os dias de Nicolás Maduro estão contados

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(Foto: Agência Brasil)

Com o apoio internacional de mais de 50 países, ameaças de “ações rápidas” pelos Estados Unidos caso fosse detido e a recepção de uma dúzia de embaixadores de países latino-americanos e europeus que o aguardavam pessoalmente no aeroporto de Maiquetia, o autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, voltou a Caracas nessa segunda-feira.

Em discurso para milhares de pessoas em uma praça no bairro das Mercedes, um área de classe média alta de Caracas, Guaidó afirmou que está mais forte do que nunca e que os dias do presidente Nicolás Maduro estão contados. De acordo com ele, a viagem que vez por diversos países sul-americanos, como Brasil, Argentina, Paraguai e Equador, reforçou o apoio internacional que vem recebendo.

Pelo Twitter, que ficou horas sem funcionar em Caracas, Guaidó informou que havia chegado ao país no início da tarde dessa segunda-feira. “Entramos na Venezuela como cidadãos livres, que ninguém nos diga o contrário.” Ele afirmou que pretende se encontrar com sindicatos de trabalhadores estatais nesta terça-feira e prometeu fazer um anúncio importante. Guaidó pediu ainda que a mobilização popular se mantenha e convocou novas manifestações para o próximo sábado.

O retorno foi um claro desafio ao presidente Nicolás Maduro, que afirmara nos últimos dias que Guaidó precisaria prestar contas à Justiça por ter desobedecido uma ordem judicial de não sair do país e por tê-lo o feito de maneira ilegal, por meio de uma das dezenas de passagens irregulares que ligam a Venezuela à Colômbia.

O autodeclarado presidente interino não enfrentou qualquer problema ao desembarcar em um voo comercial vindo do Panamá e pôde seguir sem impedimentos para encontrar milhares de apoiadores que o aguardavam no bairro das Mercedes, uma região de classe média-alta de Caracas.

Vitória política

O retorno de Guaidó à Venezuela foi uma vitória política importante da oposição venezuelana e, principalmente, da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que o apoia e força a saída de Nicolás Maduro. Ao não cumprir as ameaças de que iria prender seu principal opositor, Maduro mostrou que teme as consequências de um acirramento da pressão internacional que vem sofrendo desde o início do ano, quando Guaidó desafiou o regime chavista.

Os golpes mais duros dessa pressão vieram dos Estados Unidos, que bloquearam as contas da Citco, subsidiária no país de Donald Trump da estatal petroleira venezuelana, a PDVSA. Sem ter acesso a essas contas, na prática o governo do país fica sem acesso a sua principal fonte de renda, a exportação de petróleo para os Estados Unidos. Estima-se que os envios venezuelanos tenham caído 45% apenas nesse último mês e que as exportações remanescentes sejam apenas para pagamento de dívidas com a China e a Rússia.

Nesta segunda, Juan Guaidó não conseguiu mobilizar o mesmo número de pessoas que atenderam a seus chamados anteriores. Apesar das milhares de pessoas na Praça Alfredo Sadel, no bairro das Mercedes, havia bem menos gente do que nas marchas convocadas antes da tentativa frustrada de entrar à força na Venezuela com cerca de 600 toneladas de alimentos, remédios e itens de primeira necessidade enviadas pelos Estados Unidos, no dia 23 de fevereiro.

Muitos venezuelanos acreditavam que Guaidó teria força suficiente para convencer os militares a permitir a entrada dos comboios que saíram de Cúcuta, na Colômbia; de Pacaraima, no Brasil, e de Curaçao. O fracasso na empreitada, a qual o presidente interino havia prometido sucesso garantido nos dias que a antecederam, decepcionaram muitos venezuelanos.

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