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Economia O baixo crescimento do Brasil preocupa o investidor estrangeiro, diz o Itaú

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(Foto: Reprodução/Pixabay)

Investidores estrangeiros esperavam uma recuperação mais robusta da economia brasileira em 2019 e estão preocupados com os resultados neste início do ano. Essa é a percepção do economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, que está Nova York (EUA) para um evento da instituição. Questionado se os investidores estariam decepcionados com o desempenho econômico do Brasil, Mesquita disse, nesta quarta-feira (15), que “eles esperavam uma atividade mais forte neste ano”. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O economista acrescentou que “a atividade econômica tem vindo mais fraca do que todo mundo esperava”, e que há “certa preocupação com o fato de a economia não estar acelerando, apesar de ter saído de uma recessão muito profunda”.

Desde segunda-feira (13), Mesquita tem conversado com investidores estrangeiros em Nova York, em uma espécie de prévia para um tradicional evento do banco, o Latam CEO Conference, que reúne, na cidade americana, empresas brasileiras e latino-americanas em busca de parceiros comerciais globais.

A assessoria da instituição informou que participam do encontro 79 empresas Brasil e 35 da América Latina, que terão acesso a 450 investidores internacionais, entre eles grandes fundos como Blackrock, Dynamo e 3G.

Segundo Mesquita, no ano passado, o principal assunto da conferência era o processo eleitoral. Neste ano, os investidores querem detalhes sobre dois temas: o andamento da reforma da Previdência e o ritmo de recuperação da economia brasileira.

Os investidores têm reagido com uma certa preocupação ao ruído que vem de Brasília”, ele disse.

Para o economista, o resultado da reforma da Previdência se tornou decisivo. Quanto mais demorada for a aprovação mais incerteza haverá sobre o seu o formato final, o que protela, entre os investidores, a adoção de medidas que levariam à recuperação mais rápida da atividade econômica no Brasil.

Na avaliação de Mesquita, é difícil que ocorra uma nova leva de investimentos no país antes da aprovação das novas regras previdenciárias. “Por enquanto as coisas estão em compasso de espera”, disse.

Apesar do quadro ainda indefinido, Mesquita diz acreditar que haverá a aprovação de uma reforma “de razoável para boa”.

Estamos monitorando a tramitação da proposta da Previdência. Nossa perspectiva é que algo entre 50% e 75% do que foi apresentado vai ser aprovado”.

O prazo, porém, acrescentou, será diferente do original. O texto seria aprovado apenas no segundo semestre e não mais no primeiro, como o governo sinaliza.

Mesquita disse que a recente revisão para baixo da projeção do PIB (Produto Interno Bruto) de 2019 pelo Itaú Unibanco, para 1%, está ligada justamente ao ambiente de incerteza sobre as reformas. “A gente já vê uma economia que parece que parou de crescer no final do ano passado. A gente acredita que aconteceu uma ligeira contração do PIB no primeiro trimestre deste ano”, disse.

O economista prevê que PIB agora deve estar crescendo apenas modestamente e a atividade econômica esteja apenas em uma recuperação moderada “em parte em função da incerteza sobre a agenda de reformas”. Na opinião de Mesquita, quando a reforma passar, o Banco Central poderá aplicar maior de estímulo monetário para a economia.

Outra preocupação dos investidores, segundo Mesquita, é se a guerra comercial entre China e Estados Unidos já está começando a afetar a economia global.

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https://www.osul.com.br/o-baixo-crescimento-do-brasil-preocupa-o-investidor-estrangeiro-diz-o-itau/ O baixo crescimento do Brasil preocupa o investidor estrangeiro, diz o Itaú 2019-05-15
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