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Por Redação O Sul | 31 de março de 2017
Com a inflação numa queda mais acelerada do que o previsto, o BC (Banco Central) deu sinais de que cortará os juros numa velocidade ainda maior. A expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) aumente a queda da taxa básica (Selic) para 1 ponto percentual daqui duas semanas.
Na divulgação do relatório de inflação, o texto cita que o processo de desinflação se espalhou e que se consolidou nos componentes mais sensíveis a juros. A previsão de baixa dos juros é tão grande, que o BC mudou toda a forma de fazer projeções. Passou a adotar como oficial as contas feitas com os dados do mercado financeiro (que já levam em consideração os futuros cortes de juros).
“Desde então, a consolidação do cenário de desinflação mais difundida, que abrange os componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, fortalece a possibilidade de uma intensificação moderada do ritmo de flexibilização da política monetária, em relação ao ritmo imprimido nas duas últimas reuniões do Copom”, que concluiu:
“O Copom entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária, inclusive as taxas vigentes ao longo de 2018, dependerá das projeções e expectativas de inflação para 2019, mas também das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. Essas estimativas naturalmente envolvem incerteza e poderão ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo”.
Segundo o relatório de inflação, pelo segundo trimestre consecutivo, a queda nos preços de alimentos e a disseminação do processo de desinflação favoreceram evolução mais benigna do que a prevista para os índices de preços ao consumidor. (AG)