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Por Redação O Sul | 31 de julho de 2017
O BC (Banco Central), por ordem do juiz federal Sérgio Moro, bloqueou 3.417.270,55 reais do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine. O confisco foi informado ao magistrado nessa segunda-feira.
Bendine foi preso na semana passada, na Operação Cobra, na 42ª fase da Lava-Jato. O ex-presidente da Petrobras é suspeito de ter recebido 3 milhões de reais em propina da Odebrecht. Nesta segunda, Bendine será ouvido pela Polícia Federal.
Moro decretou o bloqueio de 3 milhões de reais de Bendine, de outros dois investigados na Cobra, os publicitários André Gustavo e Antônio Carlos Vieira Júnior e da empresa de ambos, a MP Marketing e Planejamento Institucional e Sistema de Informação LTDA. O confisco superou em 417.270,55 reais o valor determinado pelo magistrado.
No Banco do Brasil foram confiscados exatamente 3 milhões de reais de uma conta de Bendine. Em outra conta, no Bradesco, foram bloqueados 417.253,09 reais. Na Caixa Econômica Federal foram encontrados 17,46 reais. A MP Marketing teve 36,41 reais confiscados.
O BC bloqueou 18.386,81 reais de Antonio Carlos Vieira Júnior – 17.467,58 reais de uma conta no Banco do Brasil e 919,23 reais de outra no Safra.
André Gustavo Vieira Júnior teve 637.285,53 reais confiscados – 631.210,15 reais de uma conta no Banco Original.
Comprovantes
A defesa de Aldemir Bendine apresentou, à Justiça Federal, as reservas dos hotéis onde o cliente ficaria hospedado na Europa entre 29 de julho e o dia 18 de agosto.
“Note-se que há reservas para todo o período compreendido entre os dias 29 de julho e 18 de agosto, sendo que em 19 subsequente, pela manhã, retornaria ao Brasil via Portugal, conforme já devidamente comprovado, o que evidencia que o motivo da saída – temporária – do peticionário do país era uma viagem de férias com a família, previamente organizada”, diz um trecho da petição protocolada pelos advogados de Aldemir Bendine.
O extrato do cartão de crédito com as dez parcelas de uma passagem aérea também foi apresentado pelos advogados do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras à Justiça Federal.
Portanto, para a defesa são “incabíveis quaisquer conjecturas acerca de uma possível fuga, a despeito da existência de passagem de retorno”.
Portugal
Ao explicar os detalhes da mais recente etapa da operação, o Ministério Público Federal do Paraná afirmou que só havia localizado a passagem de ida de Bendine para Portugal.
No despacho que autorizou a prisão de Aldemir Bendine, o juiz federal Sérgio Moro citou que isso poderia indicar risco de fuga.
Na quinta-feira passada, o advogado de Aldemir Bendine já tinha dito que o cliente tinha passagem de volta ao Brasil. Os documentos apresentados à Justiça Federal ainda mostram que a passagem de ida foi comprada com pontos de milhagem, enquanto a volta foi parcelada.