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Brasil O Banco Central facilitou as transferências de até 10 mil reais do exterior para o Brasil

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Antes quem recebia precisava trocar a moeda estrangeira por reais. (Foto: USP Imagens)

O Banco Central editou na quinta-feira (20), uma circular que busca facilitar as transferências unilaterais de recursos do exterior para o Brasil. Pelas novas regras, que valerão a partir de 1º de novembro, o destinatário final receberá os recursos em sua conta corrente ou de poupança, no Brasil, em reais, sem a necessidade de fazer operações de câmbio ou de arcar com custos adicionais. Isso vale para operações de transferências pessoais de até R$ 10 mil.

Antes, quando um trabalhador que está em outro país enviava recursos para sua família no Brasil, o destinatário do dinheiro precisava realizar operação de câmbio (trocar a moeda estrangeira por reais). O processo era mais burocrático e era preciso arcar com custos operacionais no Brasil. Além disso, até que a operação fosse feita, não se sabia exatamente quanto o destinatário receberia, em reais.

Agora, conforme o BC, todos os custos da operação ficarão a cargo do remetente, no banco de origem. Assim, um trabalhador brasileiro que estiver no Japão, por exemplo, resolverá toda a questão do envio em seu banco. Quando o dinheiro chegar à conta corrente do familiar, no Brasil, ele já estará convertido em reais e não haverá burocracia adicional.

Os dados mais recentes do BC mostram que as receitas do País com transferências pessoais somaram US$ 1,482 bilhão de janeiro a julho. Apenas em julho, foram US$ 211 milhões.

As novas regras entram em vigor em 1º de novembro. No entanto, o Banco Central informou que a nova sistemática é facultativa. “As instituições financeiras que quiserem operá-la adotarão políticas e procedimentos em seu relacionamento com a instituição remetente dos recursos no exterior, inclusive em relação à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, equivalentes àquelas atualmente exigidas pela regulamentação cambial no tocante às relações internacionais entre bancos correspondentes”, explicou o BC, na nota.

Taxas de juros

Sem surpresas, o Banco Central manteve na quarta-feira (19) a taxa básica de juros da economia na mínima histórica de 6,5% ao ano, mas sinalizou que pode subir a Selic mais à frente caso o cenário para a inflação se torne mais arriscado.

A estabilidade da Selic, decidida por unanimidade pelo Copom (Comitê de Política Monetária), era a aposta de 37 dos 38 analistas consultados pela agência Bloomberg.

Essa é a quarta manutenção seguida da taxa, após o BC encerrar em maio o ciclo de cortes.

No comunicado da decisão, o Comitê afirmou, porém, que a taxa pode aumentar.

“O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”, declarou.

O BC reafirmou que a continuidade das reformas econômicas e ajustes é essencial para a manutenção da variação de preços em um nível baixo no médio e longo prazos.

“O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes.”

Essa foi a última reunião antes das eleições presidenciais. O forte crescimento nas pesquisas do candidato do PT, Fernando Haddad, é encarado pelo mercado como sinal de que as reformas fiscais podem perder peso.

Para o Copom, aumentou o risco de que uma frustração de expectativas em relação à continuidade das reformas e ajustes na economia brasileira eleve a trajetória esperada para os preços.

“Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária.”

Além disso, incertezas políticas no período pré-eleitoral fizeram o dólar disparar quase 10% ante o real desde a última reunião do Copom, em 1º de agosto, levantando mais receios sobre pressão inflacionária.

O ritmo ainda fraco da economia, no entanto, é apontado por especialistas como justificativa para a manutenção dos juros em níveis baixos.

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