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Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2016
O BC (Banco Central) interrompeu, na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 19 e 20 de janeiro, a alta da Selic (a taxa básica de juros), mantida em 14,25% ao ano, mas bancos, financeiras, lojas e empresas de cartão de crédito continuaram a elevar as taxas. Em alguns casos, como o rotativo dos cartões de crédito, os juros chegaram aos maiores patamares desde 1995, momento em que taxas altas eram aplicadas para estabilizar o real.
Em 2015, segundo o BC, a dívida dos brasileiros no rotativo do cartão de crédito cresceu 21,2% em relação a 2014 – mais que o dobro da taxa de evolução do estoque de crédito –, atingindo 34,5 bilhões de reais. Ainda que se trate de uma parcela pequena do crédito, correspondendo a 2,3% do total das operações com pessoas físicas, o crescimento revela que mais brasileiros optam pelas operações mais caras, seja por descontrole das finanças pessoais, seja pela falta de alternativas mais baratas.
A alta de juros foi generalizada tanto em 2015 como em janeiro de 2016, alcançando pessoas físicas e jurídicas. Juros altos em tempos de recessão são cobrados por instituições privadas e públicas, com exceções como o BNDES. (AE)