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Colunistas O bando do voto fraudado

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Operação Clístenes (Foto: Polícia Federal/Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A Operação Clístenes da PF (Polícia Federal), deflagrada ontem, evidencia um ramo de investigação que a corporação, por estratégia, tem evitado dar holofotes há dez anos: a da fraude eleitoral. Não envolve a urna eletrônica e sim a totalização dos votos e a alteração de dados no sistema dentro dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais). A urna é segura, o problema é o ser humano. Em 2006, a PF já investigava esse tipo de suspeita no Rio de Janeiro. O bando preso no Sul, que oferecia garantia de vitória a prefeitos e vereadores, seria apenas uma parte do grande esquema. Há envolvimento de servidores.

Vem mais

Ao informar que o grupo é de estelionatários, a PF não quis chamar a atenção para a grande operação que pode vir – e que pode mudar os rumos do pleito vindouro e do sistema eleitoral.

O cassado

Ao menos três situações pesaram contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As provas, o voto aberto e as eleições municipais. Os deputados são cabos eleitorais dos candidatos. Pegaria mal votar contra a cassação do parlamentar.

Ficou no preju

Mesmo esperando as traições, Cunha registrava pelo menos 150 votos a seu favor. Ele mantinha fiel uma bancada de 200 colegas. A grande maioria, no entanto, mostrou-lhe as costas.

Motivações

Aliadíssimos de Cunha, Jovair Arantes (PTB-GO) e Hugo Motta (PMDB-PB) nem apareceram na Câmara dos Deputados para a votação. O primeiro tinha compromissos no Palácio. E a mãe de Motta está presa pela PF.

Ex é f*!

Como os ex-aliados complicam a vida dos políticos! Casos notórios: Roberto Jefferson, do PTB, foi abandonado pelo PT e entregou o mensalão; Clarrisa Garotinho (PP-RJ), cujo pai Anthony já foi aliado de Cunha (que, por sua vez, já foi seu secretário) foi quem deu o pontapé para o enterro do deputado; Liliane Roriz (PTB-DF), ex-chefe de Celina Leão (PPS-DF), entregou em um áudio a agora presidente afastada da Câmara Distrital.

Cachorro morto

Agora que Cunha está enterrado politicamente, espera-se uma onda de pedidos de cassação de homenagens concedidas ao peemedebista em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. O movimento começou em Belo Horizonte (MG), com o vereador Gilson Reis (PCdoB).

Junta Comercial

Pelo visto, a PF descobriu que o restaurante do sobrinho do governador mineiro Fernando Pimentel em Piracicaba (SP) é uma lavanderia.

Destino Centro-Oeste

A marca de roupas paulista Dudalina procura uma cidade para instalar uma megafábrica em Goiás. Recentemente, a Johnson & Johnson abriu um centro de distribuição em Goiânia.

Impostos intragáveis

Para 64% dos residentes de cidades com até 500 mil habitantes, a redução de impostos sobre cigarros fabricados no Brasil contribuiria para o combate ao crime, de acordo com pesquisa Datafolha, encomendada pelo Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial).

A Saúde alerta:

Estudos indicam que violência, tráfico de drogas, desemprego e evasão fiscal são filhotes do contrabando. E as principais causas do contrabando são os reajustes indiscriminados de impostos que incidem sobre diversos produtos, além da negligência na fiscalização das fronteiras.

Turismo acessível

A exposição “Um Tour pelo Brasil”, patrocinada pelos Correios na Casa Brasil, é elogiada como case de acessibilidade. Deficientes visuais têm à disposição audiodescrição e pisos táteis para que aproveitem a mostra. Mais de 470 mil pessoas já visitaram o local, no Boulevard Olímpico do Rio de Janeiro.

El Barriga

Os correspondentes do tradicional periódico espanhol El País caíram no conto dos petistas. Trata-se do único jornal da Europa a publicar, desde o início do processo, que Dilma Rousseff foi vítima de “golpe”. Ontem, a publicação desancou Eduardo Cunha como o mais odiado político do Brasil e motivador do impeachment de Dilma. Exageram sobre Dilma, acertam sobre Cunha.

Ponto Final

“Foi como o parto de um burro” – do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), citando um ditado mineiro, ao comentar a demora do processo de cassação de Cunha.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/o-bando-do-voto-fraudado/ O bando do voto fraudado 2016-09-14
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