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Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2018
O Brasil registrou uma redução de 16% no número de detecções de Aids nos últimos quatro anos, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado nesta terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde. Em 2012, a taxa de detecção era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foi de 18,3. De 1980 a junho de 2018, foram registrados 926.742 casos de Aids no País, uma média de 40 mil novas ocorrências por ano.
Ainda segundo o boletim, no mesmo período também houve queda de 16,5% na taxa de mortalidade pela doença. Para o ministério, a ampliação do acesso à testagem e a redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento da doença são razões para a queda.
Achar a cura ou “controlar” a Aids são metas que dividem recursos e pesquisas na luta contra o HIV. O boletim mostra ainda a diminuição da transmissão vertical do HIV, quando o bebê é infectado durante a gestação.
A taxa de detecção de HIV em bebês caiu 43% entre 2007 e 2017, de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. O aumento de testes realizados na Rede Cegonha contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes. Em 2017, a taxa de detecção foi de 2,8 casos por 100 mil habitantes.
Nos últimos sete anos, houve ainda redução de 56% de infecções de HIV em crianças expostas ao vírus após 18 meses de acompanhamento. Os novos dados ainda mostram que 73% das novas infecções de HIV ocorrem no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.
Auto-teste gratuito
O ministério informou ainda que, a partir de janeiro, também haverá na rede pública a oferta do autoteste de HIV para populações-chave. Serão distribuídas 400 mil unidades desse tipo de teste, inicialmente como um projeto piloto nas cidades de São Paulo, Santos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Bernardo do Campo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus.
Tratamento
Até setembro de 2018, 585 mil pessoas estavam em tratamento para Aids no Brasil. Destas, 87% estão fazendo tratamento com o remédio Dolutegravir. Em 2017, foi registrado a maior queda da taxa de mortalidade por Aids depois da introdução do coquetel. O medicamento aumenta em 42% a chance de supressão viral.
Campanha
Também foi lançada pelo Ministério da Saúde uma nova campanha publicitária contra a doença, que neste ano celebra as conquistas nos 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data foi instituída em 27 de outubro de 1988 pela Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde, cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids, o HIV. A campanha será veiculada a partir desta quarta-feira (28).