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Brasil O Brasil registrou redução no número de mortes violentas nos nove primeiros meses do ano

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Após aumento nos crimes violentos em 2020, país volta a ter uma diminuição dos homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. (Foto: Reprodução)

O Brasil teve, nos primeiros nove meses de 2018, uma redução de 12,4% no número de mortes violentas com relação ao mesmo período do ano passado. É o que mostra um levantamento feito pelo portal de notícias G1 e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública dentro do Monitor da Violência, parceria que conta ainda com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

Os dados do índice nacional de homicídios mostram que, entre janeiro e setembro de 2018, 39.183 brasileiros foram vítimas de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Por outro lado, dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, entre janeiro e setembro de 2017, foram registradas 44.733 mortes violentas.

Eventos nacionais e operações

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirma que os dados apresentados pelo Monitor da Violência representam “uma grata surpresa”. Segundo ele, é preciso mais tempo e reflexão para saber os motivos por trás da queda no número de mortes, mas alguns indícios já podem ser levantados.

O primeiro motivo, segundo ele, foi a criação de centros regionais de comando e controle por conta de realização de grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo, a Copa das Confederações e as Olimpíadas. “Houve uma integração entre as forças de segurança federais, estaduais e mesmo municipais, sobretudo na área de inteligência. Isso representou um ganho”, afirma.

O ministro também cita as operações de busca e apreensão em presídios durante o ano, motivadas por conta da onda de violência prisional que tomou conta de parte de 2017. “[As operações] foram feitas pelas Forças Armadas, retirando daí uma grande quantidade de armas, de munição.”

O terceiro motivo, segundo Jungmann, foi a criação do próprio Ministério da Segurança Pública e do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), que estabelece diretrizes para a atuação conjunta de diferentes órgãos de segurança federais, estaduais e municipais.

Integração entre forças

Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, e Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, também destacam a regulamentação do SUSP e a maior integração entre as forças públicas como pontos positivos a serem reconhecidos, apesar de deixarem claro que o número de mortes continua alto e a situação permanece crítica.

Segundo os especialistas, os esforços regionais também devem ser lembrados. “Em casos como Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Acre, que estavam vivendo uma disputa aberta entre organizações criminosas nascidas nas prisões por novas rotas e pontos de tráfico de drogas e armas, foram criadas forças-tarefa dedicadas a identificar e diminuir ataques”, afirmam Bueno e Lima.

De acordo com Manso, a discussão de medidas focadas na redução de homicídios já vinha amadurecendo e começou a dar resultados, com ações de governos e autoridades da justiça.

Redução nos índices

A maioria dos os outros apresenta redução no número de mortes violentas nos primeiros nove meses de 2018. Em sete deles, a diminuição no número de vítimas é superior a 20%.

Alagoas apresenta a maior redução: 26%. O Estado, que teve 1.459 mortes violentas nos nove primeiros meses de 2017, registrou 1.075 no mesmo período deste ano.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado afirma que, nos últimos quatro anos, o governo tomou uma série de medidas para reduzir os números de crimes contra a vida, sendo que a principal foi a integração de inteligências e operações, citada por Jungmann e pelos especialistas.

Desde 2015, por exemplo, as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e a Perícia Oficial trabalham de forma integrada em operações. Também há integração entre as inteligência das polícias estaduais e as polícias Federal e Rodoviária Federal, resultando em operações conjuntas e desarticulação de organizações criminosas.

“Outro grande avanço em Alagoas é que diariamente a cúpula da Segurança Pública reúne comandantes de batalhões, diretores da Polícia Civil e integrantes do sistema prisional para discutir os números de homicídios em uma mesa de situação e, desta forma, atuar de forma rápida e precisa nas localidades onde estiverem ocorrendo crimes”, afirma a secretaria em nota.

 

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