Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de março de 2016
O Brasil tem mais de 200 juízes estaduais e federais sob esquema de proteção após sofrerem ameaça de morte. Os dados são da pesquisa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) realizada em 2013, a mais atual existente, e termômetro da situação em que vivem os magistrados brasileiros no exercício de suas funções.
Esses números ganharam novas cores após o ataque sofrido pela juíza estadual Tatiane Moreira Lima na tarde de quarta-feira no Fórum Regional do Butantã (SP). Ela foi rendida por um homem que ameaçava atear fogo para matá-la. O homem foi preso.
O presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), João Ricardo dos Santos Costa, disse que a violência sofrida por Tatiane exemplifica a fragilidade da segurança existentes nos fóruns do País.
“Esse fato mostra, com muita propriedade, quanto nós estamos vulneráveis. Como os juízes estão vulneráveis para o exercício de funções”, disse. “Isso mostra como urgentemente os tribunais precisam investir nessa parte da segurança. Está sendo arriscado hoje exercer a função da magistratura.”
A pesquisa mostra que os Estados com maior número de magistrados sob ameaça estava no Rio de Janeiro (29) e Minas Gerais (27). São Paulo era um dos menos problemáticos, com apenas um caso de ameaça.