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Geral O brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan, enfrenta um novo pedido de prisão no Japão

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O executivo brasileiro é acusado de sonegação fiscal. (Foto: Reprodução)

A Promotoria de Tóquio solicitou uma nova ordem de prisão contra Carlos Ghosn por suspeitas de que o executivo também declarou rendimentos abaixo do que realmente recebeu por outros três anos, informa a imprensa japonesa.

Carlos Ghosn, demitido da presidência nos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi Motors após sua detenção em Tóquio em 19 de novembro, está preso desde então por ter ocultado das autoridades financeiras quase 5 bilhões de ienes (38 milhões de euros) de rendimentos em cinco anos, de acordo com os investigadores japoneses.

As novas acusações contra o executivo, que segundo a imprensa poderiam resultar na prorrogação de sua detenção durante 22 dias a partir de 10 de dezembro, incluem a ocultação de 4 bilhões de ienes (31 milhões de euros) de seus rendimentos durante outros três anos.

As investigações também podem ser ampliadas por outros motivos, algo habitual no Japão, pois a Nissan acusa Ghosn de ter cometido abusos de bens sociais, como o uso de residências de luxo às custas do grupo.

Ghosn está em uma cela de uma prisão da zona norte de Tóquio. Os advogados de defesa não podem acompanhar as audiências e o regime de visitas é muito limitado.

Mais sobre as acusações

Ghosn é acusado de declarar ganho menor que o real e de usar indevidamente bens da Nissan. Ele deixou de declarar mais de R$ 167 milhões de seu pagamento como presidente na montadora, entre 2010 e 2015, segundo promotores japoneses. Nesse período, segundo a agência de notícias Jiji, o executivo recebeu quase R$ 334 milhões.

Ainda segundo a imprensa japonesa, o brasileiro teria comprado e reformado imóveis residenciais para uso pessoal em pelo menos quatro países diferentes, com recursos da Nissan.

Uma subsidiária holandesa, criada em 2010 por cerca de US$ 53,4 milhões, para investimento em startups, teria financiado as ações pessoais de Ghosn, que envolvem a compra e reforma de um luxuoso apartamento na cidade do Rio de Janeiro e uma casa em Beirute, no Líbano.

A emissora japonesa NHK relatou ainda que Ghosn teria utilizado fundos da Nissan para pagar viagens aos familiares.

A Nissan o acusou de usar bens da empresa indevidamente, mas não deu detalhes.

Defesa

Ghosn não falou publicamente nem se comunicou por meio de nenhum representante desde a prisão. Mas a TV japonesa NHK informou que ele disse aos investigadores que não tinha intenção de subestimar sua remuneração em documentos financeiros e negou as acusações.

Reações das montadoras

A Nissan decidiu tirar Ghosn da presidência do conselho e também removeu Kelly do cargo de diretor. A montadora disse que tinha uma investigação interna contra o executivo após denúncias.

A Mitsubishi também destituiu Ghosn da presidência do conselho.

A Renault nomeou um comando interino, mas manteve Ghosn como CEO e presidente do conselho.

 

 

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