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Tecnologia O brasileiro precisa obedecer a lei para ter carro autônomo, disse um engenheiro que trocou o Google pelo Uber

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Para Choi, embora a tecnologia assuste, é apenas uma questão de tempo que as pessoas entendam que o carro guiado por computador é mais seguro do que um dirigido por humano. (Foto: Divulgação)

Atual engenheiro da divisão de carros autônomos do Uber e ex-Google, o americano Steven Choi desembarcou em São Paulo nesta semana para uma palestra e, logo nos primeiros minutos em solo, percebeu um obstáculo “tupiniquim” para seu projeto de vida: caos e desrespeito às leis de trânsito.

A questão é que os veículos sem motorista são controlados por inteligência artificial, que aprende com o que acontece ao redor. Eles estão programados para parar caso um pedestre cruze a rua repentinamente, mas, se isso ocorrer muitas vezes, os robôs aprenderão de forma errada.

Mesmo com a comparação alarmante, Choi não é pessimista. Pelo contrário, ele acredita que, fora o “probleminha” de não seguir as leis de trânsito, o Brasil está preparado para ter carros que dirigem sozinhos e o impacto positivo nas nossas vidas será enorme.

Para o engenheiro que já trabalhou no laboratório de projetos secretos do Google, todas as empresas envolvidas no desenvolvimento dos carros autônomos têm um único objetivo: salvar vidas.

Acidentes de trânsito são a maior causa de morte de jovens entre 15 a 29 anos no mundo, com mais vítimas que Aids, gripe e dengue juntas, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). São cerca de 120 brasileiros por dia. Um levantamento do Detran-SP apontou que 94% dos acidentes com mortes no estado foram causados por falha humana. Ou seja, podem ser evitados.

Estranhamento

Para Choi, embora a tecnologia assuste, é apenas uma questão de tempo que as pessoas entendam que o carro guiado por computador é mais seguro do que um dirigido por humano.

Além do medo humano, os “carros-robôs” precisam aprender a desviar das legislações rígidas. Nos Estados Unidos, um projeto de lei quer acelerar a chegada dos veículos sem motorista, enquanto alguns estados são mais liberais e outros proíbem os testes.

No Brasil, há pouca discussão sobre o tema. Pode ser falta de interesse ou então uma questão de prioridades. Com foco em tributos e eficiência, o plano industrial do governo para o setor automotivo, chamado de Rota 2030, ainda não saiu do papel e não há nenhuma perspectiva de regras para os autônomos.

Uma estimativa dessa economia foi dada em um estudo do Ipea, com base em dados de acidentes da Polícia Rodoviária Federal. Em 2014, o Brasil perdeu 8.227 vidas em 169 mil acidentes registrados apenas nas estradas federais, com um custo de R$ 12,3 bilhões à sociedade.

Quando vai vender

Muitas empresas disputam a “corrida” pelo pioneirismo dos veículos autônomos. Há diversos deles em testes, inclusive nas ruas dos Estados Unidos, Europa e Japão. Os do Uber e da Waymo, empresa-irmã do Google, já transportam pessoas comuns, em caráter experimental.

Mas nenhum carro autônomo está perto de ser vendido. Há diversas estimativas das empresas para quando isso vai acontecer. A maioria fala que será já no começo da próxima década. E qual empresa vai vencer a corrida? Para o engenheiro, ser o pioneiro não importa tanto.

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