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Brasil O câncer que vitimou o humorista Paulo Silvino é o terceiro de maior incidência entre os homens

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Ator lutava contra um câncer no estômago. (Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo)

O humorista Paulo Silvino morreu aos 78 anos nesta quinta-feira (17). O ator lutava contra um câncer no estômago e chegou a retirar o tumor em julho do ano passado. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tipo de câncer de Paulo é o terceiro de maior incidência entre os homens.

“O câncer de estômago acontece quando alguma célula sofre mutação e começa a se multiplicar de maneira errada, dando origem a um tumor, que nada mais é do que a multiplicação desordenada de células anormais”, explica Renata Arakelian, oncologista do CPO (Centro Paulista de Oncologia), em São Paulo.

Segundo a oncologista, grande parte desses tumores não são hereditários e surgem sem uma causa aparente, sendo que a incidência da doença é maior em pessoas acima dos 50 anos.

Alguns tumores podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentam sintomas, só sendo diagnosticados por exames de rotina, como a endoscopia. Enquanto outros podem provocar diversos sintomas, como náuseas, vômito, dor abdominal, uma sensação de dor e queimação na boca do estômago, como uma azia constante, além de dificuldade para engolir, perda de peso, falta de apetite e má digestão.

“O problema é que esses sintomas são muito variados e vagos, são comuns em várias outras doenças e isso atrasa o diagnóstico”, explica Renata.

Segundo Auro Del Giglio, oncologista do HCor (Hospital do Coração), quanto antes o tumor for diagnosticado, maior a taxa de cura. No entanto, essa não é a realidade brasileira.

“Cerca de 80% dos casos de câncer de estômago no Brasil são descobertos em um estágio avançado. Infelizmente, não temos uma política pública de prevenção do câncer de estômago. Algo como fazer endoscopia a cada três anos para quem tem fatores de risco”, explica Moura.

Após o diagnóstico, Renata explica a necessidade de fazer o estadiamento, processo que irá determinar a extensão do câncer. “Assim, a gente consegue descobrir qual o estágio da doença, se ela só está localizada no estômago ou se alguma dessas células caiu na corrente sanguínea e se alojou em outro órgão”, fala.

O objetivo do estadiamento é definir o tratamento mais preciso para o paciente. Caso a doença esteja em um estágio inicial, a abordagem pode ser uma raspagem no estômago ou uma cirurgia para retirada do tumor.

No entanto, se o tumor estiver um pouco mais enraizado, além da cirurgia para retirá-lo, será preciso fazer quimioterapia ou radioterapia. “Chamamos de tumor enraizado quando as células de tumor se alojaram em gânglios próximos ao estômago. Ou seja, não adianta só retirar o tumor, é preciso dos outros tratamentos para acabar com as células”, explica Renata.

Ainda que não exista uma causa para o câncer de estômago, há alguns fatores de risco, como uma alimentação rica em sal, alimentos defumados, consumo excessivo de álcool e tabagismo. “Outro fator de risco é a infecção por H. pylori, bactéria comum no nosso estômago que pode converter substâncias de alguns alimentos em substâncias químicas, provocando mutações e alterações no DNA das células”, explica Renata.

O câncer de estômago se apresenta em três tipos: adenocarcinoma, tipo de tumor de Paulo e que correspondente a 95% dos casos de câncer nesse órgão registrados no Brasil, além de o linfoma e o leiomiossarcoma, que juntos representam 5% dos casos.

“O adermocarcinoma é quando o tumor vem de células de revestimento, de glândulas. No caso do estômago, o órgão é revestido por um tecido glandular, chamado de epitélio. O adermocarcinoma ocorre quando as células desse tecido sofrem mutações”, explica Robson Moura, oncologista e presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cancerologia). (Thamires Andrade/UOL)

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https://www.osul.com.br/o-cancer-que-vitimou-o-humorista-paulo-silvino-e-o-terceiro-de-maior-incidencia-entre-os-homens/ O câncer que vitimou o humorista Paulo Silvino é o terceiro de maior incidência entre os homens 2017-08-17
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